Educação internacional: a visão de um educador e pai
Educação internacional amplia a visão de mundo e prepara jovens para o futuro global
Como filho de professor e educador há 24 anos, tendo meus filhos como alunos onde trabalho desde 2008, a escola sempre foi um ambiente de profunda imersão em minha vida. Essa experiência me proporcionou uma perspectiva única que vai além do olhar de um estudante comum.
Meu pai, professor de inglês e poliglota, já era um entusiasta da mentalidade internacional antes mesmo de o termo ser difundido. Foi por sua influência que meus irmãos e eu fizemos intercâmbios. Essa vivência de outra cultura, de forma imersiva, amplia a visão de mundo de qualquer pessoa. Quando isso ocorre na formação inicial, como na adolescência, a pessoa já se prepara para a vida adulta com um “mundo maior” dentro de si. E isso sem mencionar os muitos benefícios de se falar mais de um idioma.
Infelizmente, por uma série de fatores, a maioria dos jovens brasileiros não tem acesso a essas duas possibilidades: intercâmbio e aprendizado real de outras línguas. Em contrapartida, contamos com um número crescente de escolas bilíngues e internacionais. Dentre os muitos benefícios que propõem, estão o letramento bilíngue e o fomento da mentalidade internacional.
Mentalidade internacional é a compreensão de que há diversas formas de pensar e viver, e que o fato de alguém pensar diferente não significa que não está certo. Ela nos convida ao exame crítico, porém sem preconceitos, do que é diferente do que eu conheço. Esse exame amplia minha própria visão e entendimento de mundo.
Esse posicionamento interno diante da vida é essencial para a formação de uma cultura de paz, levando ao debate saudável de ideias e à união de forças em busca do bem comum. Isso porque a mentalidade internacional também traz consigo os deveres e direitos de uma guarda compartilhada do planeta e o entendimento de que nossas ações, em maior ou menor escala, afetam o todo.
Tem sido motivo de satisfação poder acompanhar a educação dos meus dois filhos de perto. Hoje, com um no último ano do ensino fundamental e outro no 2º ano do ensino médio, posso constatar que esse modelo de educação traz benefícios incomensuráveis à formação de crianças e jovens.
A educação internacional os prepara para serem cidadãos globais. Ela oferece uma formação holística que vai além da memorização, capacitando-os a competir por vagas em universidades internacionais em qualquer lugar do mundo. Mais do que memorizar fatos, os alunos desenvolvem habilidades cruciais para o mundo complexo, como pensamento crítico, resolução de problemas, liderança, trabalho em equipe e autogerenciamento emocional, integradas nas aulas e projetos.
Sei que o que está descrito aqui ainda não é de livre acesso a todos. No entanto, acredito que, em um mundo onde as distâncias são praticamente eliminadas pela tecnologia, ao menos no que tange à troca de ideias, esse deve ser o modelo de educação que devemos buscar como mais adequado ao nosso contexto contemporâneo.
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