Tecnologia e acessibilidade em prédios históricos
Confira a coluna de sábado (08)
As dificuldades de acessibilidade em edifícios antigos, históricos e tombados são uma realidade, estando relacionadas com a falta de rampas, banheiros pequenos e sem adaptação, e as complicações para circular entre os móveis.
Para garantir a acessibilidade, é necessário realizar obras e reformas que não alterem as características principais do imóvel.
Esses imóveis, protegidos por leis de tombamento, possuem características arquitetônicas e históricas que devem ser mantidas, o que limita as possibilidades de intervenções físicas.
A chamada Tecnologia Assistiva promove inclusão e amplia possibilidades de comunicação, mobilidade, controle de ambiente, habilidades de aprendizado e trabalho, participação, autonomia e qualidade de vida.
A implementação da acessibilidade digital garante o entendimento e o controle da navegação dos usuários aos conteúdos e serviços dos espaços históricos, independentemente das suas capacidades físico-motoras e perceptivas, culturais e sociais.
Para que as ações sejam compatíveis, devem ser planejadas e realizadas de forma que não produzam descaracterização do patrimônio cultural. As intervenções que buscam promover a acessibilidade e melhor mobilidade nos conjuntos urbanos tombados podem ter impacto positivo, produzindo qualificação desses espaços, porque agregam elementos que valorizam a melhor circulação de pessoas, o uso de equipamentos urbanos e propiciam maior contato com o patrimônio e a inclusão socioespacial.
Como exemplo, cito o prédio que abriga o Teatro Municipal de Vila Velha Elio de Almeida Viana, construído inicialmente em 1960 para abrigar a sede da prefeitura, na Praça Duque de Caxias, com sua arquitetura icônica, que, depois da adaptação para ser o teatro municipal, teve sérios problemas jurídicos pela falta de acessibilidade, chegando a ser por várias vezes interditado, e ficando os últimos cinco anos fechado e que agora ganha restauração total, atendendo a todos os requisitos de acessibilidade e inclusão socioespacial, com promessa de ser reaberto no fim do ano.
Também registramos as restaurações de dois outros equipamentos históricos: a Casa da Memória de Vila Velha e o Museu Atelier Homero Massena, que receberam intervenções para acessibilidade de locomoção. Isso promoveu, em muito, a visitação dos portadores de necessidades especiais.
A boa notícia vem do Instituto Histórico e Geográfico de Vila Velha (IHGVV), que foi contemplado pelo Edital Inovação Tecnológica. Ele foi aplicado ao Museu Casa da Memória de Vila Velha da Petrobras, que terá toda a exposição fixa da colonização do solo espírito-santense da Casa da Memória de Vila Velha, na Prainha, contemplando as deficiências de acessibilidade para visitantes, sejam físicas, sensoriais ou atitudinais.
Em destaque, as necessidades sensoriais, principalmente as táteis, permitindo a manipulação de réplicas das esculturas, maquetes e demais objetos expostos. Tudo isso com ferramentas de inteligência artificial e realidade aumentada. Será um espaço único do Estado e um dos mais modernos do País. A previsão de inauguração é em 23 de maio de 2026.
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