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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Mamografia depois dos 50 anos: retrocesso para saúde da mulher

Confira a coluna desta quinta-feira (06)

Virgínia Altoé Sessa | 06/02/2025, 14:47 h | Atualizado em 06/02/2025, 14:47

Imagem ilustrativa da imagem Mamografia depois dos 50 anos: retrocesso para saúde da mulher
Virgínia Altoé Sessa é médica oncologista |  Foto: Divulgação

O avanço no enfrentamento do câncer passa necessariamente pela inovação da ciência, que apresenta tratamentos mais eficazes que trazem esperança para milhares de pacientes com a doença. Sem dúvida, a evolução nos estudos científicos que trazem respostas e apontam caminhos promissores faz toda a diferença nesse processo desafiador.

É preciso entender, contudo, que o combate ao câncer começa muito antes do diagnóstico, com uma jornada que passa pelo conhecimento dos fatores de risco e pela prevenção, com adoção de um conjunto de medidas que contribuem para evitar o surgimento de um tumor maligno.

Essas práticas saudáveis também incluem, de forma indispensável, a realização de exames de rastreio capazes de identificar neoplasias malignas na sua fase inicial. Um dos mais importantes que temos é a mamografia, o procedimento mais eficiente para detectar o câncer de mama, um dos mais comuns na população feminina.

Em consenso, entidades médicas, como a Sociedade Brasileira de Mastologia e Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, recomendam a realização da mamografia a partir dos 40 anos. Recentemente, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) propôs como critério de boas práticas que planos de saúde rastreiem câncer de mama a partir dos 50 anos, com periodicidade bienal.

A proposta em questão aponta para um retrocesso que pode colocar em risco a saúde de muitas mulheres, uma vez que 40% dos casos de cânceres de mama ocorrem exatamente na faixa dos 40 aos 50 anos, e 22% dos óbitos acontecem neste grupo.

Vale esclarecer que o procedimento mamográfico não previne o câncer de mama, mas é um aliado de peso, pois é capaz de diagnosticar a doença em sua fase inicial, o que aumenta consideravelmente as chances de cura em até 90% e também de um tratamento menos invasivo e mais bem-sucedido.

Além disso, alguns tipos de tumores se desenvolvem de forma mais rápida, de modo que um período de dois anos, e até menos, se torna longo demais para diagnosticar a neoplasia a tempo de um tratamento com resultados positivos. O câncer de mama se apresenta de diferentes tipos, e é importante considerar suas variáveis na hora de determinar a idade e a periodicidade da mamografia.

O exame de rastreio de tumor mamário ainda possibilita a identificação de alterações benignas que, mesmo não sendo cancerosas, precisam de acompanhamento médico.

O aumento de casos de câncer de mama em mulheres mais jovens reforça a importância dos exames periódicos. Sem eles, o processo de prevenção fica seriamente comprometido, já que essa carência contribui para um diagnóstico tardio.

Infelizmente, o tempo não é um bom aliado do câncer, e é urgente que se priorize a mamografia como parte fundamental do processo de diagnóstico precoce e a jornada em busca da cura ou do controle da doença. Do contrário, caminhamos para uma regressão que pode colocar em risco a saúde de milhares de brasileiras.

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