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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Problema no centro de Vitória é metropolitano

| 22/03/2021, 08:33 h | Atualizado em 22/03/2021, 08:57

Já passou do tempo de a Região Metropolitana da Grande Vitória ser transformada em entidade jurídico-política com autoridade administrativa e financeira para pensar os problemas sociais e urbanos que marcam a localidade. Esse é um debate político que se prolonga desde os anos 1980 e que se encontra paralisado no País.

As regiões metropolitanas existem enquanto espaço de coordenação e ações de planejamento, mas não conseguem avançar, seja pela ausência da consciência metropolitana, seja pela fragmentação do poder e dos interesses localistas.

Na vida cotidiana, são perceptíveis os fluxos interdependentes entre os municípios, visto que a mancha urbana atravessa suas fronteiras e, com ela, todos os seus problemas e dificuldades: mobilidade urbana, habitação, saneamento básico, violência urbana, mobilidade intraurbana, problemas ambientais, especulação imobiliária, dentre outros.

Por vezes, os munícipes acreditam que a solução dos problemas passa simplesmente pela ação do seu município. Quanto engano! Sem um planejamento integrado e articulado, como historicamente vem defendendo o Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), só deteremos city marketing e aprofundamento dos problemas urbanos.

E não adianta correr e fechar as fronteiras do município, pois de onde virão os trabalhadores, a água, energia e comida? Estamos articulados e integrados, mesmo que assimetricamente.

Os problemas do centro de Vitória, no Espírito Santo, são sintomas de vida articulada metropolitana. São as novas dinâmicas de crescimento urbano, ligadas às decisões públicas e empresariais de investimentos, infraestrutura urbana e serviços, que o fazem agonizar.

Pensar as dificuldades do dia a dia do centro de Vitória, seja como espaço de moradia ou lugar do comércio, exige dos gestores urbanos pensar a metrópole emergente Vitória. Não se trata de uma medida política e social que possa ser resolvida com vara de condão ou solução Deus ex machina, fazendo surgir de prontidão a segurança e a abundância econômica desejadas.

É preciso uma nova perspectiva pública e coletiva para compreender os problemas que vivemos em nossos municípios, articulados pela mancha urbana chamada Grande Vitória.

Nesse sentido, a institucionalização das regiões metropolitanas como autoridade jurídica e política é hoje condição estratégica na construção de planejamentos e ações, que possam dar conta de problemas que são vivenciados localmente, mas que têm sua dinâmica de produção na vida metropolitana.

Isso significa construção de consenso coletivo em relação à importância tática e estratégica (objetivos comuns) — apesar das lutas políticas e dos interesses divergentes das elites locais — de compreender a dimensão metropolitana de todas as políticas públicas desenvolvidas, seja pelas esferas municipal, estadual ou federal.

De fato, é o “cada-um-por-si” da vida metropolitana, apoiado na lógica do rentismo urbano, que mata e/ou bloqueia as oportunidades de construção do bem-viver nas grandes cidades e regiões metropolitanas contemporâneas.

IGOR VITORINO DA SILVA é professor e mestre em História.

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