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Tribuna Livre

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Leitores do Jornal A Tribuna

O crescente número de crianças autistas no Brasil

Coluna foi publicada nesta terça-feira (08)

Iully Sant'Anna | 08/10/2024, 07:37 07:37 h | Atualizado em 08/10/2024, 07:37

Imagem ilustrativa da imagem O crescente número de crianças autistas no Brasil
Projeção do IBGE indica que uma em cada 36 crianças brasileiras possui transtorno do espectro autista |  Foto: Canva

A revelação de que uma em cada 36 crianças brasileiras é autista, conforme projeção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2021, lança luz sobre uma realidade que até recentemente era subestimada e mal compreendida. Com cerca de seis milhões de crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), o Brasil enfrenta um desafio urgente e multifacetado que exige atenção de políticas públicas, educação e sociedade.

O aumento expressivo nos diagnósticos de autismo, embora possa refletir a melhoria nas ferramentas de diagnóstico e maior conscientização sobre o TEA, também levanta questões sobre os fatores que contribuem para essa explosão nos números. O autismo é uma condição neurodesenvolvimental complexa, caracterizada por dificuldades na comunicação social, comportamentos repetitivos e uma gama variada de sensibilidades sensoriais. Mas, as causas do TEA ainda não são completamente compreendidas, sendo influenciadas por uma combinação de fatores genéticos e ambientais.

Com o número crescente de crianças diagnosticadas, as famílias enfrentam desafios significativos. A falta de diagnóstico precoce pode agravar as dificuldades dessas crianças em desenvolver habilidades essenciais para a vida, incluindo a comunicação e a interação social. A intervenção precoce é crucial, pois é durante os primeiros anos de vida que o cérebro é mais maleável e responsivo a tratamentos terapêuticos. Entretanto, muitas famílias brasileiras ainda enfrentam barreiras consideráveis no acesso a profissionais capacitados, centros de diagnóstico e terapias adequadas.

O impacto do TEA não se restringe só às famílias; ele repercute em toda a sociedade. A escola, por exemplo, é um ambiente onde a inclusão e o suporte são cruciais para que crianças autistas possam alcançar seu potencial. Porém, o sistema educacional brasileiro ainda está longe de estar preparado para atender a essa crescente demanda.

O estigma social em torno do autismo ainda é barreira significativa. A falta de conhecimento sobre o TEA leva a mal-entendidos, preconceitos e isolamento social das crianças e suas famílias. A sociedade precisa avançar na compreensão de que o autismo não é uma doença, e sim uma condição que requer compreensão, respeito e suporte adequado. Campanhas de conscientização são essenciais para combater o estigma e promover uma sociedade mais inclusiva.

O aumento no número de diagnósticos não deve ser encarado com alarmismo, mas como um chamado à ação. O Brasil tem a responsabilidade de assegurar que essas crianças não sejam deixadas para trás. A construção de uma sociedade verdadeiramente inclusiva depende de nossa capacidade de reconhecer, respeitar e apoiar a diversidade em todas as suas formas. O autismo é só uma delas, e cada uma das seis milhões de crianças brasileiras com TEA merece um futuro onde possa se desenvolver com dignidade, respeito e as oportunidades necessárias para florescer.

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