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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Natal, o cumprimento da profecia

Pr. Gedelti Victalino Teixeira Gueiros | 24/12/2021, 10:53 h | Atualizado em 24/12/2021, 11:19

“E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre milhares de Judá, de ti me sairá o que será Senhor em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.” Miquéias 5:2,
 

O Natal é uma data que relembra o nascimento de Jesus, comemorada universalmente e de diversas formas pelos cristãos. Trata-se de um acontecimento de relevante valor histórico, que marcou uma nova etapa na relação de Deus com os homens nestes últimos dois milênios. Este acontecimento tornou propício o processo de salvação, oferecido por Deus, a todos os homens.

A Bíblia, no texto do Evangelho de Mateus que acabamos de ler, se refere ao nascimento de Jesus como cumprimento de uma profecia proferida pelo profeta Miquéias, com antecedência de aproximadamente 700 anos. Tal profecia se refere ao nascimento de Jesus, um fato que marcou a presença de Deus no mundo, na pessoa de Jesus, figura do “bom pastor”, o Guia do Seu rebanho às pastagens verdejantes.

“E, congregados todos os príncipes dos sacerdotes e os escribas do povo, perguntou-lhes onde havia de nascer o Cristo. E eles lhe disseram: Em Belém da Judéia, porque assim está escrito pelo profeta: E tu, Belém, terra de Judá, de modo nenhum és a menor entre as capitais de Judá; porque de ti sairá o Guia que há de apascentar o meu povo de Israel.” Mateus 2:4-6,
     
Imagem ilustrativa da imagem Natal, o cumprimento da profecia
Pr. Gedelti Victalino Teixeira Gueiros é Presidente da Igreja Cristã Maranata. |  Foto: Douglas Schneider/AT
  

O Natal em nossos dias

Em nossos dias, podemos considerar dois aspectos fundamentais sobre o Natal que podem se associar, dois aspectos: o histórico e o profético.

1. O fato histórico  

 No aspecto histórico, tudo leva ao entendimento da importância da comemoração desse evento, considerando-se a beleza do fato e suas implicações sociais e até econômicas, além de seus valores temporais. 

A cada ano esse fato se consolida em comemorações que têm seu valor, porque incluem momentos de reflexão, confraternização, amizade, afeto, lembranças, alegrias expressas em ornamentações especiais, onde não faltam luzes, cores e tantas outras manifestações que emolduram o aspecto histórico do evento.

Os anseios da alma e sua dor 

À medida que se evidencia apenas o lado histórico do evento, o homem não deixa de lado as suas lutas e problemas, e não muda a sua concepção materialista de vida que o envolve. 

A comemoração do nascimento de Jesus, quando vista apenas do lado histórico, não tira do homem a angústia, a aflição, a dor e os questionamentos da alma que anseia por algo transcendente. A sede da alma é evidenciada nos Salmos do rei Davi, quando se refere à necessidade interior. “A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo ...” Salmos 42:2

 Portanto, fica evidente que essa forma de comemorar o nascimento de Jesus não responde aos anseios da alma, podendo tornar o homem cada dia mais confuso e mais materialista.

2. O aspecto profético 

Todavia, o outro aspecto a ser considerado é o caráter profético desse acontecimento que, sem dúvida, é o principal e mais importante na ótica da Igreja Fiel.

A visão profética da Igreja, relativa a esse fato, não se apoia apenas na sua beleza histórica. O aspecto profético relembra a dádiva da salvação como um presente de Deus ao homem que, através de Jesus, oferece Vida Eterna.

O nascimento de Jesus e a salvação do homem

O profeta Miquéias aponta para o local do nascimento de Jesus, com o cuidado de mostrar o aspecto profético desse acontecimento, quando enfatiza ao final do versículo 2, do capítulo 5: “...e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.” 

A profecia falou do local exato do nascimento, em Belém, porém, sem descuidar do profético. Jesus iria nascer em Belém, mas sua origem é “desde os tempos antigos”, porque Ele é Filho de Davi, e “desde os dias da eternidade”, porque Ele é o Filho de Deus.

Jesus estava com Deus na eternidade. O nascimento d’Ele na Terra, estava no projeto de Deus para salvação do homem. Ele é o Verbo que Se fez carne e habitou entre nós a fim de que pudéssemos ver a glória de Deus.

Miquéias o apresenta como Senhor, ou Rei em Israel. Mateus, porém, o apresenta como o Guia que havia de apascentar Israel. Não há contradição alguma nas expressões, pois Deus esperava que os reis em Israel apascentassem Seu povo. 

Chegou a dizer isso ao rei Saul (primeiro rei de Israel): “...Tu apascentarás o meu povo de Israel, e tu serás chefe sobre Israel”. II Sm 5:2. 

Como Saul falhou, Deus levantou o segundo rei, Davi, que era pastor de ovelhas. Esse perfil era profético a respeito de Jesus, que viria para ser Rei e Guia (pastor). Ele, como pastor, guiaria o homem ao Seu reino glorioso.

O profeta aponta ainda para a abrangência de seu reino, mostrando no final do verso 4, que “...ele será grande até os fins da terra” (Miquéias 5:4). Por isso, o nascimento d’Ele é anunciado não só aos pastores de Belém, mas também a alguns sábios do oriente que foram guiados até Belém.

Portanto, no aspecto histórico, a ênfase dada é a um menino numa manjedoura, mas no aspecto profético a ênfase é ao Guia, ou Pastor que veio para guiar o homem como ovelha, outrora desgarrada, para o aprisco de Deus no Seu reino.

O texto bíblico, no Evangelho de Mateus, registra a forma como os sábios do oriente foram conduzidos ao lugar onde estava “o Guia” que haveria de apascentar o povo de Deus.

Eram homens que estudavam o movimento dos astros e, por certo, conheciam as profecias dos profetas de Israel a respeito do tempo em que Jesus iria nascer.

Deus colocou à vista dos olhos deles uma estrela para conduzi-los até Belém. Ela era uma prova do senhorio de Jesus, pois a Bíblia fala de Jesus como o “Senhor de todas as coisas” e que “todas as coisas foram feitas por ele e sem ele nada do que foi feito se fez.” João 1:3.

Aqueles sábios trouxeram para Jesus as suas dádivas, mas levaram da parte de Deus a dádiva de grande alegria ao contemplar aquele cujo brilho foi maior do que o astro celeste que os guiara até ali. 

A prova dessa alegria foi quando não precisaram mais olhar para a estrela, pois já haviam achado aquele cujo resplendor de glória excede o brilho de qualquer astro celeste, pois Ele é o  “o Sol da Justiça”.

A vinda de Jesus ao mundo no seu nascimento, foi uma prova do desejo de Deus de atrair para Si o homem distanciado d’Ele, ainda que esteja no oriente mais distante.

Após o encontro com Jesus, naquela casa onde entraram, não voltaram mais pelo enganoso caminho de Herodes, mas voltaram para sua terra, por outro caminho - Mateus 2:11-12

Esse será sempre o resultado do encontro com Jesus: o homem vem a Jesus pelos seus caminhos enganosos, ainda que lhe pareçam direitos, mas no final são caminhos de morte.

Todavia, voltará sempre pelo caminho direito, o caminho da vida, através da certeza de salvação que lhe é dada pelo “Guia” e “Apascentador” dos que se tornam suas ovelhas. 

O PRESENTE DE DEUS PARA A ALMA REMIDA

Em resumo, o aspecto profético do nascimento de Jesus fala à alma, fala ao coração, fala de uma morada eterna, fala do encontro com Jesus, como fizeram os sábios do oriente, guiados até Belém pela profecia de Miquéias, para conhecer “o Guia” que há de apascentar os filhos de Deus. Enfim, fala da salvação em Jesus, principalmente da Vida Eterna que é o presente de Deus ao homem. 

Este é o aspecto profético do nascimento de Jesus, enfatizado pela Igreja Fiel. A boa vontade de Deus para com os homens em dar o Seu Filho Jesus, caracteriza o presente de Deus aos homens, onde se entende: O PRESENTE DE DEUS é JESUS, a VIDA ETERNA.

           Feliz Natal!

Pr. Gedelti Victalino Teixeira Gueiros é Pastor Presidente da Igreja Cristã Maranata, Professor do Instituto Bíblico Educacional Maranata – IBEM, Professor da Escola Bíblica Dominical, Professor de Seminários da Igreja Cristã Maranata, Professor aposentado da Universidade Federal do Espírito Santo, Pós-Graduado em didática do Ensino Superior e Odontólogo aposentado da Marinha do Brasil, Doutor Honoris Causa em Direitos Sociais e Humanitários pela Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências , Letras e Artes. 

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