Estágio no ensino médio é capaz de mudar a realidade dos jovens
Coluna foi publicada no sábado (21)
Desde 2008, quando a Lei nº 11.788, conhecida como a Lei do Estágio, foi instituída, fica claro a seguinte informação: estudantes regularmente matriculados e frequentando o ensino regular, em instituições de educação superior, de educação profissional (técnico), de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos, a Educação de Jovens e Adultos (EJA) estão aptos para a função.
Há quem ainda não saiba, mas, além dos estudantes do ensino superior, que cursam graduação, alunos de ensino médio e técnico também podem estagiar e são muito beneficiados pelos programas de estágio.
Hoje, no Brasil, ainda é pequeno o número de oportunidades para esses jovens e é cada vez mais urgente disseminar informações sobre o assunto para que mais pessoas tenham acesso aos benefícios desse ato educativo e ao poder de transformação da realidade por meio do estágio.
Uma das principais formas de ingresso de jovens no mercado de trabalho, o estágio oferece a oportunidade de adquirir experiência, desenvolver habilidades e contatos profissionais, além de ajudar na definição da carreira.
De acordo com a Lei de Estágio 11.788/08, para estagiar é preciso estar regularmente matriculado, com frequência regular, e a instituição de ensino deve estar plenamente atendendo os requisitos da legislação, principalmente o projeto pedagógico da escola.
Essa é uma oportunidade ímpar de iniciar no mundo do trabalho sob o amparo de uma lei que garante aos estagiários direito à uma bolsa e recesso remunerado, fundamentais não só para a aprendizagem, mas sobretudo para a permanência de muitos estudantes no ambiente escolar de formação profissional.
A atuação desses estudantes, uma vez contratados como estagiário, se dá, na maioria das vezes em atividades de rotinas administrativas. Nesses ambientes há um grande potencial de desenvolvimento essenciais para esse jovem vir a se tornar um profissional.
Hoje, a demanda por profissionais com habilidades digitais e capacidade de adaptação às mudanças tecnológicas no mercado de trabalho, em todas as carreiras, é mais um indicativo da necessidade de complementar a formação desses jovens que ainda estão no ensino médio.
A escola não é suficiente para a formação voltada para o desempenho profissional. Envolver as empresas nessa empreitada, como forma de complementar a capacitação desses estudantes, é uma solução extremamente eficiente e já existente no Brasil, com a lei de estágio, mas infelizmente ainda pouco explorada.
Incentivar o estágio para estudantes de ensino médio e também os programas de aprendizagem é uma forma de evitar práticas ilegais no mercado de trabalho e promover a manutenção do vínculo escolar.