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Leitores do Jornal A Tribuna

Cultura capixaba: retrospectiva

Confira a coluna desta sexta-feira (10)

Manoel Goes Neto | 10/01/2025, 14:06 h | Atualizado em 10/01/2025, 14:05

Imagem ilustrativa da imagem Cultura capixaba: retrospectiva
Manoel Goes Neto é escritor, produtor cultural e diretor no Instituto Histórico e Geográfico de Vila Velha (IHGVV)

O cenário cultural brasileiro viveu uma revolução com a implementação dos editais de cultura Leis Aldir Blanc e Paulo Gustavo. Distribuindo cerca R$ 15 bilhões até 2027, a maior e mais estruturante política cultural da história do País.

Essa injeção de recursos trouxe uma previsibilidade sem precedentes para a gestão cultural, permitindo a articulação de políticas em todos os níveis governamentais. O ano de 2023 marcou a refundação do Ministério da Cultura, promovendo mudanças significativas em 2024, em diversas áreas.

Foram enviados recursos para os estados e municípios, atingindo cerca de 97% das cidades brasileiras, marcando uma virada inédita na política pública de cultura no Brasil. Esses investimentos irrigaram o Sistema Nacional de Cultura, promovendo ações articuladas das artes da Política Nacional Cultura Viva e fortalecendo os sistemas municipais, estaduais e federal de cultura.

Transformações profundas ocorreram na cultura capixaba e brasileira. Três pilares essenciais foram destacados: o fortalecimento do Sistema MinC e da participação social; o desenvolvimento econômico e a cultura como vetor de transformação social; e a cultura como ferramenta de justiça social e superação de desigualdades.

Os investimentos históricos são evidentes, com a Lei Paulo Gustavo repassando R$ 3,8 bilhões a 100% dos estados e 98% dos municípios que aderiram. A reativação da Comissão do Fundo Nacional da Cultura, o novo decreto (nº 11.453/2023) sobre os mecanismos de fomento e financiamento à cultura, e a posse de novos membros em órgãos estratégicos, como a Comissão Nacional de Incentivo à Cultura, mostram o compromisso do governo com uma gestão cultural mais robusta e eficiente. Diversos editais foram lançados com foco em diversidade, inclusão e promoção de direitos.

A Lei de Incentivo à Cultura Capixaba (LICC) se consolidou, em 2024, como mais uma forma de incentivo e fomento à cultura do Espírito Santo.

Como iniciativa inédita no Estado, a norma permite que agentes e grupos culturais recebam patrocínio de empresas contribuintes do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e, em contrapartida, tais empresas terão crédito presumido, podendo abater do imposto a ser pago.

Lançada em 2022, a Lei de Incentivo à Cultura Capixaba possibilita às empresas o patrocínio de projetos culturais diversos, destinando parte do ICMS devido para eventos, programas de formação, espaços culturais, entre outras iniciativas, nas mais diversas linguagens artísticas.

Ao promover o desenvolvimento sustentável, por meio da cultura e da arte, o governo do Espírito Santo confirmou em 2024 o seu compromisso com o bem-estar social e com a oferta de uma produção cultural de alta qualidade. É o Estado investindo na produção cultural e em todos os profissionais que fazem parte dela, valorizando e preservando seu patrimônio material e imaterial, alimentando a indústria criativa e reforçando a identidade capixaba, bem como o sentimento de pertencimento de nosso povo.

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