Metamorfose ambulante
Coluna foi publicada no sábado (25)
Defensora da desoneração da folha salarial no governo de Jair Bolsonaro (PL), a CUT mudou de posição na gestão Lula (PT), de quem é aliada. A maior central do País não assinou nota das entidades criticando o veto ao projeto aprovado pelo Congresso. “O veto coloca milhões de empregos em risco e estimula a precarização no mercado de trabalho”, diz documento subscrito por Força Sindical, UGT e CSB, que também critica o fato de não ter havido debate com os sindicatos.
Mão invisível
Em manifestação separada, a CUT afirma que as empresas beneficiadas pela desoneração não se comprometeram a conservar os níveis de emprego e “mantiveram seus movimentos de contratação e demissão vinculados às variações do mercado”.
Premonição
O vice-presidente da Câmara e presidente do Republicanos, Marcos Pereira (SP), disse a empresários ontem que o Congresso deve derrubar o veto às desonerações. “O projeto é crucial para os 17 setores. Não é o melhor modelo, mas é o que foi possível. Meu sentimento é que o Congresso tende a derrubar o veto”, afirmou, em evento do grupo Esfera Brasil.
Deixa disso
A ação para acalmar os ânimos entre o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e ministros do STF começou poucas horas após a troca de petardos por causa da emenda que limita decisões individuais da corte. Na noite de quinta-feira (23), Pacheco recebeu na residência oficial do Senado o ministro Alexandre de Moraes. Na sexta (24), dividiu voo da FAB de Brasília para SP com Moraes e Dias Toffoli.
Strike a pose
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) tirou foto sorridente com deputados bolsonaristas em evento no Palácio dos Bandeirantes na sexta-feira (24) fazendo com as mãos o gesto de arminha e pediu que eles publicassem a imagem nas redes sociais. A atitude ocorre dias após o grupo de parlamentares ter criado um bloco informal na Casa com críticas a acenos dele à esquerda.
Chororô
O ex-governador de Minas Gerais Fernando Pimentel (PT) diz que o atual ocupante do cargo, Romeu Zema (Novo), acusa gestões passadas pela crise financeira do estado para mascarar sua própria falta de ação sobre o tema. “Esse argumento do Zema de que herdou os problemas de gestões passadas já se esgotou. Ele assumiu faz cinco anos e não fez o dever de casa”, diz.
Álibi
Chefe do Executivo mineiro entre 2015 e 2018, Pimentel diz que herdou uma situação de gastos descontrolados, mas nem por isso culpou antecessores. “A crise era estrutural, e no meu mandato foi agravada pela recessão de 2015 a 2017. Zema nada fez para resolver isso, limitou-se a usar a liminar suspendendo a dívida que obtivemos no final de 2018”. Ele atualmente preside a Emgea (Empresa Gestora de Ativos).
Visita à Folha 1
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, esteve no jornal na sexta-feira (24). Acompanhavam-no Francisco Prado e Nunzio Briguglio, assessores de comunicação.
Visita à Folha 2
Fernando Gray, prefeito de Esteban Echeverría (Argentina), vice-presidente de Cidades e Governos Locais Unidos (CGLU) para América Latina e vice-presidente de Mercociudades, esteve no jornal na sexta-feira (24). Acompanhavam-no Roberto Devoto, secretário de Modernização, Lautaro Lorenzo, responsável por Relações Internacionais, Rocío López Nastasi, diretora de Comunicação, e Alejandro Barrios, fotógrafo.