Enviado especial
Como o Brasil não tem ministro da Cultura, o principal representante do país no 1º encontro dos ministros da Cultura do G20, na Itália, foi Gilson Machado Neto, do Turismo.
Em sua intervenção, ignorou o incêndio na Cinemateca, que está sob sua alçada, e falou mais sobre o meio ambiente, queixando-se de falta de reconhecimento na Europa aos esforços de preservação de Jair Bolsonaro. Ele ainda assinou declaração conjunta dos ministros que se contrapõe a pontos críticos do bolsonarismo.
Calei
Nas redes sociais, disse ter silenciado “a cúpulo de ministros das 20 mais importantes economias (sic)”. Ele fez questão de saber quem dos presentes já havia estado na Amazônia, em tom de cobrança.
Programa
Em relação a temas pertinentes ao evento, Machado disse que a pandemia gerou aceleração do processo de digitalização da cultura que já estava em curso e destacou o Carnaval e a Festa do Peão de Barretos como contribuições nacionais.
Amém
“O Brasil tem priorizado no momento a reforma de igrejas e monumentos históricos e culturais”, disse Machado. Portaria recentemente publicada pelo governo Bolsonaro incluiu a arte sacra entre as áreas contempladas em projetos da Lei Rouanet.
De acordo
A declaração conjunta, que, segundo Dario Franceschini, ministro da Cultura italiano e anfitrião, teve apoio unânime, fala em combater fake news e discurso de ódio em redes sociais. O texto tem caráter progressista e enfatiza a importância de proteção das comunidades indígenas e suas culturas e defende medidas pela igualdade de gênero e pelo empoderamento da mulher.
Grazie
Machado estava acompanhado de Mario Frias, secretário especial da Cultura. O evento acabou na sexta-feira. Ontem, o ministro participou sem máscara de manifestações pelo voto impresso em Pernambuco.
Tudo como...
Líderes do grupo de partidos que se formou para barrar a PEC do voto impresso no Congresso dizem que as manifestações de ontem e as ameaças golpistas disparadas por Bolsonaro não tiveram resultado.
...antes
“Efeito zero. Não muda nada. Estamos seguros de que o voto impresso não é necessário. Confiança total nas urnas”, diz Paulinho da Força, do Solidariedade. “No PSD continuamos firmes contra”, diz Gilberto Kassab.
Escala
“O ritmo acelerado das quebras de sigilo pela CPI da Covid, medida que tem sido motivo de controvérsia dentro do próprio G7 da comissão, pode estar levando a erros.
Ctrl+C
Novos requerimentos que têm na mira possíveis disseminadores de fake news, por exemplo, assinados por Renan Calheiros (MDB-AL) e Humberto Costa (PT-PE), são cópias de ofícios de junho sobre membros do chamado gabinete do ódio como Tércio Arnaud, assessor do presidente.
Ctrl+V
Nos novos documentos, frases que só se aplicam a indivíduos são usadas para descrever empresas como Jovem Pan e Brasil Paralelo, com informações equivocadas, como “a pessoa contra quem se busca a quebra e a transferência de sigilo é (ou foi) assessora especial do Poder Executivo”. Erros de digitação também são idênticos.
Alerta
A quebra de sigilo aparece em mais 50 pedidos desde a interrupção das atividades da CPI, em 15 de julho. Juristas e membros da comissão, como Eduardo Braga (MDB-AM), veem ações que podem extrapolar a Constituição e gerar derrotas no STF.
Turbo
A Brasil Paralelo, produtora de vídeos conservadora, gastou R$ 3,8 milhões em anúncios no Facebook de agosto de 2020 para cá. Ontem, veicularam anúncio em resposta ao requerimento apresentado por Calheiros. A empresa disse que não tem nada a esconder.
Alô
Presidentes de federações estaduais de futebol lamentaram em encontro recente que Marco Polo Del Nero não os avisou que seu celular havia sido apreendido em operação da PF que investiga desvios de verbas do Postalis, o fundo de pensão dos Correios.
Perigo
Os cartolas manifestaram apreensão, já que conversavam via WhatsApp com o ex-presidente da CBF. Alguns relataram ter sabido do ocorrido pela imprensa.
Tiroteio
“Baixa adesão nas manifestações em favor de Bolsonaro. Dizer que teve muita gente é fraude, não tem prova impressa”. De Raimundo Bonfim, coordenador da Central de Movimentos Populares, sobre manifestações em defesa do voto impresso.