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Opinião Econômica

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Colunista

Respostas de curto prazo, desafios de longo prazo

Sem diversificação de mercados, investimentos em inovação, o Brasil continuará vulnerável

Nicolas Nunes | 16/08/2025, 12:07 h | Atualizado em 16/08/2025, 12:07

Imagem ilustrativa da imagem Respostas de curto prazo, desafios de longo prazo
Felipe Storch é economista, professor e pesquisador |  Foto: Reprodução/Jornal A Tribuna

O anúncio do Plano Brasil Soberano pelo Governo Federal é uma reação necessária às sobretaxas de até 50% impostas pelos EUA a produtos brasileiros.

Ao combinar crédito emergencial, incentivos fiscais, flexibilizações aduaneiras e ações diplomáticas, o pacote busca proteger empresas e empregos diante de um choque comercial inesperado.

Do ponto de vista econômico, a lógica é clara: amortecer o impacto imediato sobre setores fortemente dependentes do mercado norte-americano, como café, aço, rochas ornamentais e celulose, preservando cadeias produtivas e evitando uma espiral de demissões.

Medidas como a ampliação do Reintegra até 2026 e a prorrogação dos prazos do Drawback aliviam custos e dão fôlego a exportadores, enquanto as compras públicas simplificadas e o crédito subsidiado injetam liquidez na economia.

No Espírito Santo, onde a pauta exportadora é especialmente sensível às tarifas, o efeito dessas ações pode ser decisivo para manter a arrecadação, proteger empregos e preservar investimentos.

Uma siderúrgica ou marmoraria que consegue reter clientes e preservar fluxo de caixa não só evita cortes no quadro de funcionários, mas mantém viva toda uma cadeia de fornecedores e prestadores de serviços.

Outro pilar do plano é a aceleração de negociações comerciais com União Europeia, Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), Índia, Vietnã, Emirados Árabes e Canadá.

A diversificação de mercados é fundamental para reduzir a dependência das exportações para os Estados Unidos e criar novas oportunidades para setores já competitivos.

Isso exige diplomacia ativa, acordos que removam barreiras tarifárias e não tarifárias e um esforço coordenado de promoção comercial. Para empresas capixabas, especialmente as de café e rochas ornamentais, conquistar espaço em novos mercados pode ser a diferença entre sobreviver ou sucumbir a uma crise prolongada.

Ainda assim, é preciso reconhecer que se trata de um pacote de caráter transitório. A maioria das medidas tem prazo definido e atua sobre sintomas, não sobre causas estruturais.

Sem diversificação de mercados, investimentos em inovação e melhora na produtividade, o Brasil continuará vulnerável a oscilações externas e decisões políticas de outros países.

Outro ponto de atenção é a velocidade de implementação. Linhas de crédito e adiamentos tributários ainda dependem de regulamentação. Em um cenário de crise, tempo é ativo escasso: cada semana de atraso reduz a eficácia da resposta.

O Plano Brasil Soberano é um passo na direção certa, mas deve ser visto como um amortecedor temporário, não como solução definitiva.

Para transformar o choque atual em oportunidade, é essencial que as ações emergenciais sejam acompanhadas de uma estratégia de médio e longo prazo, voltada a inserir o Brasil de forma mais robusta e competitiva nas cadeias globais de valor.

Falta de mão de obra trava negócios

Negócios no Espírito Santo estão fechando portas ou adiando projetos de expansão porque não encontram mão de obra, afirma o empresário Fernando Otávio Campos.

O problema, segundo ele, é estrutural e atinge todos os setores. Na hotelaria, por exemplo, não é apenas a falta de qualificação, mas também a dificuldade em encontrar quem realmente queira.

“O que vemos é que há gente que poderia estar no mercado, mas não está preparada ou não quer abrir mão de determinadas condições. Mas não é verdade que 'ninguém quer trabalhar' de forma absoluta”, afirma Campos.

O empresário José Carlos Bergamin afirma que empresas estão até mesmo modificando o funcionamento para atrair pessoas.

“As empresas estão tanto quanto possível flexibilizando as regras, escalas, forma de prestar o trabalho adaptando-se ao maximo às preferências dos laborais para minimizar as dificuldades.”

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