Corte de gastos necessário para evitar colapso na Previdência
Confira a coluna desta quarta-feira (23)
A expectativa de vida do brasileiro vem aumentando. Esta notícia por si só deveria ser justamente comemorada. Entretanto, quando olhamos este crescimento sob a ótica das contas públicas, estamos falando de um déficit ainda maior na Previdência Social do País e um consequente aumento dos gastos públicos.
Um agravante neste equilíbrio é que, pelo lado das receitas (arrecadação do governo), o trabalho formal, com carteira assinada, tem estacionado, o que faz com que esta equação fique ainda mais deficitária.
Com o fato de ter de destinar uma maior parte de seu orçamento para suprir o déficit previdenciário, menor volume de recursos governamentais serão destinados para áreas fundamentais tais como educação, saúde e segurança.
Qual seria a saída para o equilíbrio desta equação?
A solução partiria de um aumento dos impostos para poder custear estas despesas, porém, além de termos atingido um nível jamais visto de carga tributária, nós não temos visto outra alternativa por parte dos gestores públicos, que seria uma maior austeridade nos gastos públicos.
Muito pelo contrário, com uma política expansionista, estamos partindo para um aumento na emissão de moeda para cobrir estes gastos, o que na verdade seria um tiro no pé, pois seria retroalimentar o dragão da inflação.
Uma solução mais técnica e que tem se mostrado acertada, tem sido a criação recente da previdência complementar privada, que poderá minimizar este impacto nas contas públicas em direção às contas da Previdência no futuro.
Uma das medidas que também poderiam ser utilizadas para amenizar este déficit seria alterar as regras atuais e aumentar o tempo de contribuição.
Mas esse tipo de mudança é muito antipatizante à classe política em relação a população, principalmente em momentos de eleições. A outra mais direta seria aumentar a contribuição, porém a receita obtida tem uma contribuição ínfima em relação ao tamanho do rombo.
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