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Opinião Econômica

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Colunista

Efeitos do governo Trump na economia do Brasil e do Estado

Confira a coluna de sábado (01)

Raphael Rodrigues | 03/02/2025, 14:08 h | Atualizado em 03/02/2025, 14:09

Imagem ilustrativa da imagem Efeitos do governo Trump na economia do Brasil e do Estado
Raphael Rodrigues é conselheiro do Conselho Regional de Economia do Espírito Santo (Corecon-ES) e Analista na Secretaria de Economia e Planejamento (SEP-ES)

Desde novembro de 2024, as atenções dos agentes econômicos estão voltadas para os possíveis desdobramentos do novo governo de Donald Trump, iniciado em 20 de janeiro.

Destacam-se as promessas de taxação de produtos importados e de reforma nas políticas de comércio exterior norte-americano, sob o pretexto de inaugurar uma “nova era de ouro” da economia americana, por meio do reequilíbrio da balança comercial, reindustrialização, segurança nacional e redução de impostos. Estimações sobre os impactos de eventuais aumentos tarifários pelo governo dos EUA são abundantes.

Do ponto de vista brasileiro, os temores recaem principalmente sobre a Lei nº 15.079/2024, que institui uma alíquota mínima efetiva adicional sobre o lucro líquido de empresas integrantes de grupos multinacionais no Brasil.

No que se refere ao déficit comercial, essa situação não se aplica às relações comerciais entre Brasil e EUA, especialmente ao considerarmos os últimos dez anos, período em que a balança comercial brasileira foi deficitária nessa relação.

No contexto do Espírito Santo, é importante analisar os dados dessa relação econômica com os norte-americanos.

De acordo com as informações da ComexVis/MDIC, nos últimos 10 anos, os EUA foram o principal parceiro em termos de fluxo de comércio (importações mais exportações), exceto em 2024, quando ficaram atrás da China.

Do ponto de vista das exportações, os EUA foram o principal destino no período com uma média de 31,3%, e registrando 28,7% de participação na balança de exportação em 2024.

Tanto o setor público quanto o setor privado precisam acompanhar como as medidas propostas pelo novo presidente serão implementadas e quais impactos terão sobre a economia brasileira, especialmente no Espírito Santo.

É necessário considerar as limitações de instrumentos de política econômica que um ente subnacional possui, uma vez que decisões de política tributária e de comércio exterior, de maneira geral, são responsabilidades do governo federal.

No contexto atual, espera-se que os níveis tarifários sejam mais elevados, o que preocupa, visto que produtos desse tipo representaram 35,61% do valor exportado para os EUA em 2024.

Assim, é possível considerar dois cenários: no primeiro, um aumento tarifário tanto para o Brasil quanto para a China pode causar dois efeitos para a economia do Espírito Santo, como retração das exportações para os EUA e potencial aumento nas importações da China, com quem o Espírito Santo já possui uma rota comercial consolidada.

Já no segundo, no qual o Brasil não seria abrangido pelas tarifas, surgem oportunidades de intensificação das relações comerciais com os EUA. Conforme mencionado pelo vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, está sendo impulsionado pelo governo federal um conjunto de medidas de desburocratização e redução de custos.

Além disso, destacou que é preciso esperar, mas, com base nos dados, na trajetória de 200 anos de relações comerciais e no pragmatismo do Brasil nas relações internacionais.

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