Vida que segue…
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Com três desfalques em seu sistema defensivo (o lateral-direito Samuel Xavier, o zagueiro Freytes e o volante Martinelli), ficou difícil para o Fluminense de Renato Gaúcho superar Chelsea milionário de Enzo Manesca. Mas a derrota por 2 a 0 que eliminou o time tricolor na semifinal da Copa do Mundo de Clubes da Fifa, em Nova Jersey, deixou no ar um tanto maior de orgulho do que de frustração.
Se não pela atuação neste confronto, pela campanha que o faz sair com o melhor time sul-americano da competição. E não é “viralatismo” ou “pachequismo” constatar que o Fluminense, que terminou 2024 lutando contra o rebaixamento na Série A, sai dos Estados Unidos maior do que quando chegou por lá, há um mês. E, de novo: não por isso ou aquilo, mas pelo todo.
Da valorização institucional de sua marca à maturação do time sob os cuidados de Renato Gaúcho. Passando, é claro, pelos R$ 329 milhões da premiação e pelo resgate da autoestima de uma torcida que levantou a voz em diversos pontos deste planeta.
É claro que há pontos a serem discutidos neste confronto com o Chelsea. A manutenção de Cano, de 37 anos, para iniciar um jogo sob um calor de rachar e contra um adversário que dificultaria a construção de jogo pelos lados (ponto forte tricolor), exigia uma escolha mais ousada.
Cano teve 18 ações nos 54 minutos em que esteve em campo, deu um chute a gol, perdeu os quatro duelos no chão e venceu um dos quatro que disputou em bolas aéreas. Mas é a observação do “engenheiro de obras prontas”, como diz Renato.
O Fluminense sofreu um gol no chute bem colocado de João Pedro logo aos 18 minutos. Mas até teve bom momento no final do primeiro tempo, tirando proveito da rotação cadenciada do jovem time inglês - média de idade de 24,8 anos, contra 31.
Mas após o anulação no VAR de um pênalti marcado pelo juíz de campo. No segundo tempo, o Chelsea voltou a controlar e fechou o placar em mais um gol de João Pedro no contra-ataque originado pelo empilhamento de atacantes promovido por Renato. Resultado incontestável e, por capricho do futebol, construído com dois gols de um atacante formado em Xerém.
Brasileiros
Dos quatro brasileiros, o Fluminense é o único a regressar sem grandes traumas. O Botafogo voltou sem técnico; o Palmeiras com Paulinho fora de combate; e o Flamengo em crise no comando. Agora é vida que segue…
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