Saneamento baixo põe prefeituras do ES na corrida contra o tempo
Coluna foi publicada no domingo (17)
A meta de ofertar água e esgoto tratado para mais de 80% da população, até 2033 – conforme prevê o Marco Nacional do Saneamento – coloca maioria dos 78 municípios do Espírito Santo numa corrida contra o tempo.
E muitas prefeituras estão atrasadas, segundo o Painel de Saneamento recém-inaugurado pelo Tribunal de Contas (TC-ES). Hoje, excetuando a capital e alguns municípios da Grande Vitória, além de Cachoeiro, a maioria precisa acelerar no cronograma de tratamento. Em municípios como Brejetuba, Santa Leopoldina e Laranja da Terra, o tratamento de água está abaixo de 25%. No quesito esgoto, Fundão tem pior índice, apenas 13,37% tratado. Cariacica (com 38,33%) e Viana (37,98%) também derrapam nesse item.
...Pacote de parcerias
Ao avaliar o cenário, o conselheiro do TC-ES, Rodrigo Chamoun – em final de mandato na presidência –, destaca a transparência e fiscalização proporcionadas pelo Painel de Saneamento, acessível por celular, e alerta: “Tem prefeito cochilando em relação ao saneamento básico, é só conferir os mapas”. Mas vê avanços na linha do horizonte. Cita o pacote de Parceria Público-Privado (PPP), em gestação na Cesan – que atua em 53 municípios –, e que pode significar os recursos necessários para alcançar ou se aproximar das metas. “Importante também é melhorar a gestão do sistema nos municípios fora da Cesan”, pontua.
Lista tríplice na Ufes
A lista tríplice que vai baixar na mesa de Lula, para escolher o novo reitor da Ufes, que assumirá em 23 de março de 2024, é encabeçada pelo professor Eustáquio de Castro, seguido de Lousiane Nunes (2º) e Patrícia Rufino (3°), conforme indicou o colégio eleitoral da universidade. Já o cargo de vice-reitor será da escolha do futuro reitor (a). Por tradição, Lula escolhe o primeiro nome da lista. Seu antecessor não fazia isso.
Café sensorial
Em sua 9ª edição, o Café CUP, que premia cafés especiais, aqueles que provocam “sensações sensoriais” e com potencial de exportação, teve em destaque cafeicultores capixabas e mineiros. Entre os capixabas, a cooperativa Cafesul venceu na categoria “Container Cheio”. Dos mineiros, destaque para grãos produzidos por Ercilei de Oliveira, da Coorpol (Manhuaçu).
De Dubai à floresta
Em artigo de parceria com José Carlos da Fonseca Júnior, o ex-governador Paulo Hartung classifica de “babélicas” as discussões sobre o meio ambiente feitas em Dubai, país produtor de energia fóssil. “Como a COP 2024 será em outro país petrolífero, o Azerbaijão, o protagonismo ambiental poderá ser alcançado pelo Brasil, responsável pela COP 2025, em Belém. Certamente será a COP da floresta, o que requer robustez na preparação”, frisam os autores.
Terceira margem
Na “pororoca” que virou as reparações ambientais decorrentes da tragédia de Mariana (MG), ocorrida em 2015, o acordo entre mineradoras e governos do Espírito Santo e Minas Gerais subiu a ribanceira. A repactuação foi suspensa: governos queriam R$ 126 bilhões, mas foram acenados R$ 42 bilhões.
Os 150 anos da colonização
O casarão da Fazenda do Centro, em Castelo, deverá abrigar parte da vasta programação preparada pelo Arquivo Público Estadual e a Secretaria de Turismo (Setur) para celebrar em 2024 os 150 anos da colonização italiana no Espírito Santo. O programa será anunciado pela Setur, na terça-feira (19), e terá início em fevereiro próximo.
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