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Doutor João Responde

Doutor João Responde

Colunista

Dr. João Evangelista

Parasitas tiram o sossego da vida

Jornal A Tribuna | 01/03/2022, 10:15 10:15 h | Atualizado em 01/03/2022, 10:16

Parasitas são organismos que vivem em associação com outros, dos quais retiram os meios para sobrevivência, prejudicando o hospedeiro. Alguns se disfarçam de gente. Todos nós somos parasitas do planeta Terra e, como todo parasita, destruímos aquilo que precisamos.

Vulgarmente conhecido como lombriga, o Ascaris lumbricoides produz infecção no tubo digestivo. Além das manifestações decorrentes da migração de formas larvárias, a capacidade de deslocamento do verme adulto no interior do aparelho digestivo, aliada às suas grandes dimensões, pode provocar obstruções graves.

Curiosamente, o tamanho dos vermes está inversamente relacionado à carga parasitária, ou seja, quanto mais lombrigas presentes, menor será o seu tamanho.

Uma pessoa infectada pode albergar 16 parasitos, embora haja registros de casos onde haviam 700 vermes.

Esses achados estão relacionados com hábitos de higiene e imunidade do hospedeiro.

Cada fêmea pode conter 27 milhões de ovos, com uma postura diária de 240 mil ovos, depositados em frutas, solo, utensílios, dinheiro e dedos.

O verme adulto vive dois anos, sendo considerado o mais cosmopolita dos parasitos humanos.

Durante a postura, os ovos são liberados, com as fezes, para o ambiente, onde ocorre a maturação das larvas no interior do ovo.

O desenvolvimento da larva completa-se em até três semanas, quando o ovo passa a ser infectante para o homem. Segue-se, então, a ingestão dos ovos pelo hospedeiro.

No interior do intestino, as larvas rompem os ovos e penetram na mucosa, seguindo pela circulação sanguínea, chegando até os pulmões.

Posteriormente, as larvas desenvolvidas migram até a orofaringe, onde são deglutidas.

No trato gastrointestinal, localizam-se principalmente no jejuno, onde há acasalamento de vermes adultos e postura dos ovos.

Infecções por um pequeno número de vermes podem permanecer assintomáticas, embora alguns indivíduos possam desenvolver reações alérgicas. A migração pulmonar pelas larvas pode causar hemorragias, edema, tosse, dor no peito e dificuldade para respirar.

Os vermes adultos, que crescem no intestino, se alimentam do conteúdo luminal, roubando nutrientes do hospedeiro, contribuindo para desnutri-lo.

Infecções moderadas produzem vários distúrbios digestivos, além de inquietação e insônia.

Infestações graves podem causar obstruções intestinais, onde emaranhados de vermes formam um bolo, bloqueando mecanicamente o intestino.

Para consternação de seus hospedeiros, os vermes também podem, ocasionalmente, subir pelo intestino, obstruindo os ductos biliares ou pancreáticos, ou penetrar no   apêndice, produzindo apendicite.

Quando os parasitas se mantêm no intestino, o tratamento pode ser feito com o uso de drogas antiparasitárias. Entretanto, quando eles migram para outros locais do corpo, pode ser necessário cirurgia para removê-los, além da correção das lesões.

A doença prejudica o sossego da vida, tornando o corpo um parasita da alma.

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