Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

ASSINE
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
ASSINE
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Doutor João Responde

Doutor João Responde

Colunista

Dr. João Evangelista

Defesas contra a covid-19

| 05/10/2021, 11:29 h | Atualizado em 05/10/2021, 11:31

Diante do diagnóstico desse vírus letal, quando, acima de nós, o céu cai em pedaços, clamamos pela misericórdia do nosso sistema imunológico. Enquanto isso, sofismas inexplicáveis tentam preencher as lacunas da ciência, que luta para compreender e destruir esse predador.

Desde que surgiu em Wuhan, na China, em dezembro de 2019, a pandemia se tornou enorme desafio para o mundo científico. Grandes estímulos sempre foram acompanhados por grandes descobertas.

Distanciamento social, máscaras e álcool em gel foram as primeiras armas usadas contra o coronavírus. Posteriormente, surgiram as vacinas, trazendo alento diante da queda do número de infectados. Atualmente, luta-se pela criação de drogas que agiriam contra o vírus. Algumas têm se mostrado promissoras.

Recentemente, observou-se que os probióticos (micro-organismos vivos benéficos para a saúde humana), agindo indiretamente junto ao sistema imunológico, são poderosos aliados do organismo, diante do estrago causado pela peleja entre antígenos e anticorpos.

Além dos sintomas respiratórios, pacientes infectados pelo covid-19 apresentam sintomatologia gastrointestinal, como diarreia, náuseas, vômitos e perda do apetite. Essas manifestações têm sido associadas com alterações da microbiota intestinal, gerando consequências sistêmicas, como na mucosa dos pulmões. O desequilíbrio está relacionado com várias doenças infecciosas.

A composição da flora intestinal, durante a hospitalização, está associada a gravidade da doença.

Bactérias benéficas regulam a expressão da enzima conversora de angiotensina, proteína receptora do vírus, correlacionando-se com a carga viral, o que aponta para possível papel terapêutico da microbiota intestinal na competição com o agente agressor.

Nos pacientes com “covid-19 longo”, a queda da flora intestinal foi associada com diminuição de função respiratória na fase aguda da doença, sugerindo correlações próximas entre resposta inflamatória e disbiose intestinal. Essas observações indicam que a redução da microbiota poderia influenciar na recuperação após a virose.

Em virtude disso, a modulação da microbiota está sendo estudada como um possível adjuvante para o covid-19. Probióticos estão sendo apontados como auxiliares no tratamento, aumentando a taxa de cura e reduzindo a mortalidade.

Durante o processo infeccioso, as mucosas respiratórias e gastrointestinais são alteradas em concomitância com a microbiota.

A modulação e o restabelecimento do equilíbrio do eixo microbiota-intestino-pulmão poderia representar uma conduta importante para diminuir as consequências prejudiciais do coronavírus, especialmente em casos graves.

Os microrganismos que habitam o intestino apresentam vários efeitos sobre a saúde humana, como a influência no metabolismo, proteção contra infecções oportunistas, decomposição de compostos não digeríveis, produção de neurotransmissores e comunicação com o sistema imunológico.

Quando micróbios ajudam nosso corpo doente, até a alma sente e sorri contente.

SUGERIMOS PARA VOCÊ: