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Doutor João Responde

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Colunista

Dr. João Evangelista

Cybercondria

Coluna foi publicada nesta terça-feira (30)

Dr. João Evangelista | 30/01/2024, 10:30 h | Atualizado em 30/01/2024, 10:30

Imagem ilustrativa da imagem Cybercondria
Recorrer à internet para tirar dúvidas sobre diagnósticos e tratamentos virou rotina no mundo atual |  Foto: © Divulgação/Canva

“Doutor, hoje eu não estou sentindo nada! Será que isso é muito grave?” Bons tempos aqueles em que os hipocondríacos podiam ser alertados e orientados, presencialmente, pelos médicos, renunciando suas inconsistentes ilações sobre saúde. Cybercondria não é uma doença, mas pode desencadear persistente hipocondria.

Recorrer à internet para tirar dúvidas sobre diagnósticos e tratamentos, virou rotina no mundo atual. Propiciado pelas infinitas possibilidades da internet, cerca de 80% da população pratica automedicação. Esse tipo de atitude pode causar inúmeros problemas, inclusive intoxicação e morte.

Cybercondria é uma espécie de desordem obsessiva alimentada pela internet.

Trata-se de um tipo de comportamento em que o indivíduo passa a tirar conclusões precipitadas e pouco embasadas, relacionadas à saúde, a partir de buscas rápidas na internet.

Com o passar do tempo, essa atitude se torna um vício. Toda vez que a pessoa apresenta um tipo de dor, desconforto ou sensação estranha, ela realiza pesquisas em sites de busca para descobrir do que se trata, chegando a se automedicar com base nas sugestões expostas em sites e blogs.

Sem dúvida, a internet facilitou muito a vida do ser humano. O impacto da tecnologia na rotina dos profissionais de saúde também representou um grande avanço. Antes, as informações demoravam para circular de uma região para outra, causando referências inconsistentes e grandes limitações na comunicação entre as pessoas. Apesar disto, o uso da rede deve ser feito com cautela. Pacientes jamais podem substituir uma consulta com um profissional qualificado.

Os hipocondríacos da era digital buscam soluções pela internet baseando-se em sintomas, relatos do mundo virtual, informações em exames realizados em momentos diferentes e experimentação de remédios, para determinar as suas doenças.

O indivíduo acredita que esta é uma maneira eficiente para solucionar problemas de saúde, e deixa de procurar a ajuda especializada dos médicos.

Tentar classificar doenças apenas por um ou mais sintomas é um erro perigoso. O mesmo sintoma pode indicar quadros distintos, que exigem tratamentos diferentes.

Desde que a internet se popularizou, procurar respostas nela é um hábito bem comum entre os pacientes. Se, para tudo ela tem uma resposta, não seria diferente com as doenças; não é mesmo?! Nem sempre.

Não há como negar a facilidade que a internet proporciona na busca de informações. A consequência natural disso é recorrê-la quando se percebe um sintoma atípico no próprio corpo. No entanto, o resultado das buscas pode causar mais ansiedade e aflição, uma vez que os algoritmos não têm a capacidade de analisar em profundidade o que a pessoa está digitando.

O cybercondríaco entra na internet e descobre que tem todas as doenças, menos “gota”. Seu ácido úrico está normal. Triste, ele desabafa: “não tenho “gota”... nenhuma “gota” de esperança.”

Falsas informações podem ser tão contagiosas quanto verdadeiras doenças.

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