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Doutor João Responde

Doutor João Responde

Colunista

Dr. João Evangelista

Apendicite é doença cirúrgica

Jornal A Triibuna | 08/03/2022, 11:16 11:16 h | Atualizado em 08/03/2022, 11:18

Ao examinar uma pessoa com apendicite, o médico depara-se, inicialmente, com um quadro de leve desconforto abdominal, anorexia e náusea.

À medida que o processo se torna mais evidente, surgem dor e febre, traduzindo inflamação no apêndice vermicular, fazendo com que aumente o risco de complicação e colocando o paciente numa posição vulnerável.

A pior coisa de qualquer doença é a incerteza. O médico é capaz de administrar uma enfermidade, desde que a conheça.

Em um dado momento, tudo o que o profissional sabe, de repente, se torna importante para a solução do problema. Diante de uma apendicite, ele não pode deixar para depois, indo à biblioteca para pesquisar.

Localizado no ceco, primeira porção do intestino grosso, o apêndice é um órgão linfático, que produz células de defesa.

Ele inflama quando é obstruído por materiais, como sementes, restos fecais endurecidos, parasitas intestinais, ou por edema na sua parede, provocando dor intensa na região inferior direita do abdômen, podendo evoluir para complicações sérias.

Após um tempo de obstrução, o apêndice pode se romper, extravasando fezes e pus para a cavidade abdominal. Esse é o quadro mais indesejável e de maior risco na evolução de uma apendicite.

Essa progressão é, em parte, dependente do tempo entre o início da doença e a intervenção, e é por isso que a consulta, em casos de suspeita de apendicite, torna-se uma urgência médica.

A gravidade da apendicite não depende só do tempo, mas também da toxicidade da bactéria que infectou o apêndice e da capacidade de defesa da pessoa doente. Isso explica por que, em muitos casos, mesmo os responsáveis levando a vítima imediatamente ao hospital, a doença causa um quadro grave, e também porque o tratamento contra a infecção ser capaz de protegê-la de uma evolução ruim, enquanto aguarda a cirurgia.

Muitas vezes, a pessoa está em casa e é surpreendida por uma dor intensa no abdômen. “Deve ser gases”, pensa.

A dor, no entanto, piora a ponto de levá-la rapidamente para o hospital, onde recebe medicação analgésica, enquanto é submetida a exames laboratoriais, radiológicos e ultrassonográficos, visando selar o diagnóstico.

Apendicite é uma patologia frequente em adultos jovens, com discreta predominância nos homens. Em idosos e crianças, ela não é tão comum, embora possa acontecer.

Nessas situações, o quadro clínico pode ser atípico, e o atraso no diagnóstico leva a riscos maiores de complicações, inclusive, a  óbito.

Algumas pesquisas sugerem que antibióticos podem ser empregados quando a apendicite é descoberta na fase inicial. Para isso, o órgão tem de estar apenas inflamado. Se já houver obstrução do intestino ou infecção com a presença de pus, a recomendação ainda é cirúrgica.

Como a grande maioria dos pacientes só recebe o diagnóstico na fase tardia, a abordagem conservadora torna-se inviável.
O indispensável pode ser controlado pela diligência. A complicação costuma caminhar pela vereda da indecisão.
 


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