Muito barulho (e poucas provas) por nada?
Mesmo adversários de Michel Temer comemoraram o encaminhamento do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) pela absolvição do ex-presidente na ação contra ele por obstrução da Justiça.
Assim, ganha força o grupo que questiona métodos do Ministério Público/Lava a Jato e suas operações midiáticas de grande espalhafato, mas carentes de substância, justamente no momento em que a força-tarefa de Curitiba pede prorrogação de um ano. A denúncia, considerada inepta desde o primeiro momento por muitos no meio jurídico, mergulhou o Brasil em grave crise.
Para lembrar. Temer é acusado de atrapalhar investigações da Justiça contra o ex-deputado federal Eduardo Cunha e o doleiro Lúcio Funaro, no episódio envolvendo o empresário Joesley Batista. O TRF-1 formou maioria pela absolvição do ex-presidente da República.
Ufa! O resultado foi comemorado com emoção pelo entorno de Temer. Era o caso mais emblemático e visto como uma “trama” urdida contra ele. Segundo um aliado, foram 1.095 dias de espera por justiça.
Pandora. Na gênese da denúncia, considerada por muitos na política o “marco zero” do atual caos, está o ex-PGR Rodrigo Janot. Na avaliação de um importante advogado, tratou-se, juridicamente, de uma interpretação “fantasiosa” e “extensiva” da famosa frase “tem de manter isso aí, viu?”
Mais um. Outra decisão bastante comemorada no meio político, especialmente na esquerda (que aponta como “marco zero” da crise o impeachment de Dilma Rousseff), foi a absolvição do ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira pelo TRF-4.
Faltaram provas. O que esses dois casos têm em comum? Foram baseados principalmente em delações, não em provas, a exemplo do que ocorreu recentemente envolvendo Antonio Palocci Filho.
Cifrado. Na reunião com prefeitos ontem, o ministro Paulo Guedes falou sobre a legitimidade do voto. Sem citar Jair Bolsonaro, disse que quem foi eleito tem a prerrogativa de decidir. O presidente da Frente Nacional de Prefeitos, Jonas Donizete, chegou a fazer um discurso em defesa do ministro ao fim da reunião.
Cuma? Guedes mencionou a prefeitos a ideia de criar um Imposto de Renda negativo, ou seja, pessoas com baixa renda poderiam receber um complemento do governo. Mas não explicou de onde tirar o recurso.
E essa? O ministro mencionou também a ideia de um Fundo Brasil, que seria composto por todas as estatais brasileiras, em que os lucros poderiam ser repartidos com a sociedade, mas, em caso de prejuízo, caberia à população recompor os cofres das empresas.
Desenhado. De acordo com os prefeitos, seria uma forma de a população entender a necessidade de enxugar a máquina pública.
Sem política. A peregrinação por Brasília do secretário da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, e do presidente do Instituto Butantã, Dimas Covas, buscou desconstruir a politização em torno das vacinas contra a Covid-19 (João Doria, com a chinesa, Jair Bolsonaro, com a de Oxford).
Juntas. Na reunião com Eduardo Pazuello, a resposta foi positiva. A ideia é que as duas vacinas possam estar em circulação este ano.
Click. O governo do Piauí fechou parceria com a Ambev para fornecer caju para a produção de cerveja. A iniciativa visa a renda de pequenos agricultores (foto).
Bombou nas redes!
Não deve haver conflito entre produção e preservação. Nossa agroindústria vai crescer na pandemia, com avanços sustentáveis e responsabilidade.”
Luciano huck, apresentador de TV