Diretor da Apex-Brasil defende Israel e reclama de “blá-blá-blá”
Coluna foi publicada nesta terça-feira (24)
O diretor de gestão corporativa da Apex-Brasil, Floriano Pesaro, afirmou em suas redes sociais apoiar o direito de Israel de “se defender”. É o mesmo argumento usado pelos Estados Unidos para vetar no Conselho de Segurança da ONU a proposta brasileira de cessar-fogo da guerra Israel-Hamas.
Pesaro também compartilhou comentário do apresentador Luciano Huck com críticas ao Itamaraty: “Esse blá-blá-blá diplomático não basta”. O posicionamento causou desconforto no governo Lula. A agência é responsável pela promoção do comércio brasileiro no exterior e não costuma tomar posições políticas ou geopolíticas para não prejudicar negócios com os países envolvidos. Pesaro é judeu.
Ele também classifica o Hamas de grupo terrorista.
RESPOSTA. Em nota, a Apex-Brasil disse que trabalha sob os princípios e diretrizes estabelecidos pelo Itamaraty. Mas afirmou respeitar a “liberdade de manifestação dos seus funcionários”.
IMPULSO. A produtora Brasil Paralelo exibiu, às vésperas das eleições na Argentina, um documentário sobre Javier Milei produzido pela equipe do candidato e gastou cerca de R$ 9.800 para impulsionar a divulgação no Brasil. A propaganda apareceu 1,7 milhão de vezes para usuários do Facebook, segundo relatório da Meta. Milei foi para o 2º turno.
CABO ELEITORAL. O ex-presidente da OAB Marcus Vinícius Coêlho distribuiu aos conselheiros da Ordem uma “cola” com os nomes de seus indicados para disputar as duas vagas do TRF-1. A OAB disse que ele tinha direito a fazer campanha. A escolha da categoria foi na segunda-feira (23) e os 12 selecionados eram da lista dos preferidos de Marcus V. Coelho.
FACILITA. A Frente do Empreendedorismo orientou a bancada a derrubar, na quinta-feira, os vetos do presidente Lula ao projeto da Nota Fiscal Eletrônica.
APROVADO. Oito em cada 10 brasileiros aprovam o programa Desenrola de renegociação de dívidas. Pesquisa CNI, à qual a Coluna teve acesso, mostra que a maior aprovação é entre mulheres (83%), na população de 25 a 40 anos (85%) e com renda de 2 a 5 salários mínimos (85%). Entre os endividados ou com nome negativado, 63% afirmam que vão tentar usar o programa.
RADAR. Com o impacto do Desenrola, a perspectiva de endividamento, que crescia desde o início do ano, recuou três pontos de setembro a outubro (25% para 22%). Já a expectativa da população de ficar com menos dívida subiu, passando de 38% para 41%. É o que aponta outro levantamento, este feito pela Febraban.
TRABALHO. Um projeto que oferece benefícios para empresários que empregarem aposentados gera preocupação no Planalto de futuro desgaste para o presidente Lula. O texto é de autoria do senador Mauro Carvalho Jr. (União) e aguarda votação na Comissão de Assuntos Sociais.
PREOCUPAÇÃO. O governo teme que a proposta atrapalhe a empregabilidade de jovens e que Lula precise vetá-la. Dessa forma, atua em duas frentes: tenta convencer o senador a mudar o texto, enquanto procura virar votos para derrubar a matéria que já está com relatório favorável.
Pronto, falei!
Sobre Israel e Palestina
"Não podemos sacrificar civis e reféns, e isto é o suficiente para nos unir em torno de uma causa e não como torcidas de times” - Dr. Claudio Lottenberg, Conselho Hospital Albert Einstein