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AT em Família

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Colunista

Redação jornal A Tribuna

Uso do ar-condicionado faz aumentar casos de sinusite no verão

| 04/01/2021, 15:20 h | Atualizado em 04/01/2021, 15:57

O calor característico do verão faz com que as pessoas recorram ao ar-condicionado para refrescar o ambiente, o que as deixa sujeitas a mudanças bruscas na temperatura. Esse impacto térmico favorece o aparecimento de sinusite também no tempo quente, apesar de ser mais comum no inverno.

O clima seco provocado pelo uso do equipamento também resseca a mucosa nasal, deixando as vias aéreas ainda mais vulneráveis a infecções.

Christiane Saliba Helmer, presidente da Associação de Otorrinolaringologia no Espírito Santo, explicou em entrevista ao AT em Família a relação entre a doença e a estação mais quente do ano. Ela esclareceu também outras dúvidas sobre a sinusite.

Imagem ilustrativa da imagem Uso do ar-condicionado faz aumentar casos de sinusite no verão
Christiane Saliba Helmer explicou a relação entre a doença e a estação mais quente do ano. |  Foto: Divulgação
AT em Família – Há algum fator comum durante o verão que está relacionado à incidência da sinusite?

Christiane Saliba Helmer – As variações de temperaturas (intensificadas pelo uso do ar-condicionado) aumentam a possibilidade de desenvolver alergias respiratórias, principalmente a rinite alérgica. Caso não tratada, a rinite pode evoluir para a sinusite, pois a secreção parada dentro do nariz, depois de um tempo, se torna um meio de cultura para bactérias que levarão à sinusite.

O clima seco, ainda devido ao uso frequente de ar-condicionado, pode ressecar a mucosa nasal, deixando as vias aéreas ainda mais vulneráveis.

Para evitar isso, recomenda-se hidratação abundante, com ingestão de dois a três litros de líquido por dia, e procurar manter as narinas limpas através do uso de soluções salinas.

Outro problema é a falta de higienização correta do ar-condicionado, que favorece a proliferação de ácaros, fungos e bactérias.

Durante o verão, também são comuns viagens para casas de campo/praia, que geralmente passam muito tempo fechadas, com acúmulo de poeira, mofo e ácaros, condições que favorecem as crises de rinite alérgica.

O verão ainda pode ser um período de muita chuva, o que pode causar umidade e favorecer o aparecimento de mofo, agravando ainda mais o quadro de pacientes alérgicos.

Gripes e resfriados mal tratados deixam a pessoa mais vulnerável à sinusite?

Sim. A rinossinusite pode ser secundária a uma infecção viral, como gripe ou resfriado comum, além de quadro alérgico ou qualquer fator que atrapalhe a drenagem de secreção dos seios da face.

Esse mal-estar tem prazo de validade, e passa no período de 3 a 5 dias, sem que precise de ajuda médica para se recuperar.

Se os sintomas persistirem ou se agravarem, eles podem evoluir com dores nos dentes e atrás dos olhos, o muco se torna espesso e de coloração amarelada ou esverdeada e pode haver piora da tosse e do cansaço.

Estes são alguns dos sinais de alerta que indicam a presença da rinossinusite. Neste caso é essencial consultar o otorrinolaringologista, que é o especialista indicado para o tratamento desta patologia.

Quais os sinais de que a doença não foi tratada completamente?

Nas virais, são sintomas por mais de 10 dias sem melhora aparente; sintomas intensos, como febre acima de 39°C associada a secreção purulenta ou dor facial com duração de pelo menos 3 dias logo no início do quadro; e piora clínica após um quadro nitidamente viral que vinha em melhora.

A sinusite pode ser mais grave em crianças ou em idosos?

Crianças pequenas também poderão apresentar febre associada com a dificuldade para mamar, além de infecções de ouvido.

Em pacientes mais jovens, as complicações da rinossinusite, as que envolvem a região orbitária são as mais frequentes, geralmente associadas ao comprometimento dos seios etmoidais.

Nos idosos temos sempre que considerar as comorbidades (outras doenças, tais como diabetes, hipertensão arterial, cardiopatias, etc.) existentes que podem deixá-los mais suscetíveis a complicações quando na vigência de uma infecção bacteriana.

Pessoas que sofrem de alergias são mais suscetíveis?

Sim. Na rinite alérgica ocorre uma inflamação ou disfunção da mucosa de revestimento nasal que pode espessar as membranas sinusais, bloqueando a drenagem de muco e favorecendo o crescimento de bactérias. O importante é tratar precocemente a crise alérgica e controlar a rinite.

Quais as consequências da sinusite maltratada?

A infecção pode migrar para estruturas nobres vizinhas como olhos, cérebro, meninges, por exemplo, causando celulite periorbitária, trombose do seio cavernoso, meningite, abscessos subperiosteal, orbital, extradural, subdural e/ou cerebral, osteomielites ou tumor de Pott. Além de poder evoluir para cronificação.

Saiba mais - Tratamento

  • O tratamento de quadros agudos virais é feito com sintomáticos, lavagem nasal e hidratação abundante.
  • As bacterianas agudas podem precisar de antibióticos e corticoide tópico nasal, além de lavagem.
  • Nas crônicas (mais de 12 semanas de sintomas), podem ser necessárias intervenções cirúrgicas, lavagem nasal com solução salina e uso de corticoides.

Números

  • 1 em 8 pessoas no mundo são afetadas pela rinossinusite
  • causa mais frequente do consumo de antibióticos
  • 20 milhões de casos ocorrem por ano nos Estados Unidos

Fique por dentro
Imagem ilustrativa da imagem Uso do ar-condicionado faz aumentar casos de sinusite no verão
Ilustração |  Foto: André Felix

  • Rinossinusite é uma doença infecciosa da mucosa nasal e dos seios paranasais. Uma vez que a sinusite sem a rinite é rara, embora ocorra rinite de forma isolada, o entendimento atual é que ambas sejam doenças em continuidade, advindo, daí, a preferência de designá-las, em conjunto, rinossinusite.
  • Qualquer fator que cause obstrução dos óstios sinusais (dificultando a drenagem e a oxigenação), disfunção do transporte mucociliar e deficiência imunológica do paciente, resultando em crescimento de patógenos, poderá ser predisponente para instalação de uma rinossinusite.
  • Pode ser causada por vírus, bactérias, fungos e pode estar associada à alergia, corpo estranho, polipose nasossinusal e disfunção vasomotora da mucosa.

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