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Cidades

Tragédia de Mariana: contaminação já chegou às baleias

Descoberta é uma das consequências do acúmulo de rejeitos de minério após barragem de Fundão, em Mariana, romper em 2015


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Imagem ilustrativa da imagem Tragédia de Mariana: contaminação já chegou às baleias
Pesquisadores coletaram amostras nos corpos das baleias que encalharam na costa do Espírito Santo |  Foto: Divulgação/ Asesssoria

A contaminação por rejeitos de minério após rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), que afetou o leito do Rio Doce e a sua foz, em 2015, chegou às baleias da costa do Estado, assim como aos peixes e camarões.

A descoberta foi feita a partir de amostras desses animais que encalharam na costa do Estado, como explica o membro da Câmara Técnica de Conservação e Biodiversidade (CTBio), Joca Thomé.

“Baleias, golfinhos e aves estão com o grau máximo de contaminação porque são animais considerados de vida longa. Existem espécies de camarão que vivem até três anos. Pelo tempo em que vivem e pela quantidade de materiais que entram em contato, esses rejeitos já atingiram o topo da cadeia alimentar”.

O especialista diz que essas espécies podem ter se contaminado ao longo da costa. Mas que, assim como as baleias, nos organismos marinhos da costa estudados foram encontrados metais como arsênio, cádmio, alumínio ou mercúrio.

Joca Thomé explicou que o relatório é o resultado de cinco anos de monitoramento, com participação da Ufes e outras 28 instituições do Brasil. Em caso de contaminação da água ou animais, a área da saúde de governos e municípios é comunicada para adotar as providências necessárias, segundo ele.

Fabian Sá, coordenador do Programa de Monitoramento da Biodiversidade Aquática – Área Ambiental I, Porção Capixaba do rio Doce e Região Marinha e Costeira Adjacente, diz que tanto o leito quanto a foz do Rio Doce estão contaminados.

“Viemos de um período agudo em 2015-2016, e do final de 2016 até agora um período mais crônico, de uma piora da qualidade ambiental. O leito do rio é influenciado pelas chuvas, que mexem na areia e novamente fazem os metais circularem, e o mar, influenciado pelas chuvas e frentes frias”.

Fabian Sá disse que não é possível, por meio dos estudos, estimar o tempo necessário para recuperar o rio e sua foz e adjacências (até Itaúnas, Norte do Estado). “Tudo depende das ações de recuperação”.

Os resultados foram apresentados ontem pelo CTBio, a Fundação Renova, a Fundação Espírito-santense de Tecnologia (Fest) e a Ufes e continuam hoje em transmissão no canal da Fundação Renova no Youtube, das 8h30 às 18h30.

Em 5 de novembro de 2015, a avalanche criada após colapso da Barragem de Fundão provocou 19 mortes e afetou 41 cidades, além de espalhar lama com rejeitos ao longo do Rio Doce, em Minas Gerais e no Espírito Santo.

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