Terremoto na Bahia teve reflexo no Espírito Santo?
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Em um intervalo de 48 horas, 12 tremores de terra foram registrados na Bahia, no Nordeste do País. O mais forte deles ocorreu na manhã de domingo (30), com magnitude de 4.6, provocando rachaduras em algumas construções e cenas como produtos caindo em supermercado.
Na madrugada desta segunda (31), um novo tremor de terra na cidade de Amargosa, na Bahia, de magnitude 3.5, registrado pela Rede Sismográfica Brasileira (RSBR).
Vale lembrar que o Espírito Santo registrou um tremor de terra de magnitude 1.9, em 2 de julho deste ano, que teve como epicentro (local onde foi sentido o terremoto na superfície) o bairro Maruípe, em Vitória.
E agora, por conta da proximidade geográfica do Espírito Santo com a Bahia, esses tremores de terra no estado vizinho tiveram algum reflexo no território capixaba?
A reportagem do Tribuna Online procurou a doutora em Geologia e Professora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Luiza Leonardi Bricalli, para saber se o terremoto na Bahia foi sentido também no Estado.
De acordo com ela, podem ocorrer terremotos no estado do Espírito Santo, como já ocorreram - cerca de 30 terremotos já foram registrados em nosso Estado.
"No entanto, até a presente data e horário, não houve registro através de estações sismográficas presentes no Espírito Santo e nem relatos de pessoas da ocorrência de terremotos no Estado, que teriam uma relação com os tremores ocorridos na Bahia no domingo (30) e nesta segunda-feira (31), podendo-se dizer que os tremores ocorridos na Bahia não foram repercutidos em solo capixaba", afirmou a especialista.
Bricalli destaca que um tremor no estado vizinho pode ser sentido no Espírito Santo, porém isso vai depender de características geológicas específicas da região e da magnitude do terremoto.
"É importante mencionar que não tem como prever a ocorrência de terremotos devido à dinâmica e peculiaridades geológicas de cada região. O que pode ser destacado é que em regiões de limites de Placas Tectônicas, as magnitudes dos terremotos, geralmente, são mais altas", explicou a especialista.
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