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Cidades

Setembro Amarelo: Campanhas ajudam a salvar vidas e reduzir suicídios


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Na tentativa de ajudar pessoas que enfrentam problemas emocionais, diversas campanhas de conscientização contra o suicídio foram intensificadas neste mês, para marcar a abertura do Setembro Amarelo.

Membros da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, na Praia da Costa, em Vila Velha, por exemplo, vão fazer uma série de intervenções sobre o tema nas redes sociais, direcionadas sobretudo para os jovens.

“Além de servir como uma forma de comunicação dentro da igreja, a internet, hoje, se tornou uma forma de conversamos com quem mais precisa. Queremos informar sobre o assunto e, acima de tudo, acolher as pessoas que precisam de ajuda”, frisou o coordenador-geral do grupo, Vitor Zumak, de 23 anos.

Imagem ilustrativa da imagem Setembro Amarelo: Campanhas ajudam a salvar vidas e reduzir suicídios
Os jovens Vitor, Bianca, Jadiel e Tammer reforçam as ações neste mês. “Queremos informar e acolher”, diz Vitor |  Foto: Dayana Souza/ AT

Ele sempre é acompanhado nas ações pelos colegas Amanda Cesconeti, Tammer Zogheib, Bianca Albani e Jadiel Assunção.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que tirar a própria vida é a segunda principal causa de mortes em todo o mundo.

O psiquiatra Rodrigo Eustáquio salienta que, neste ano, há uma circunstância desafiadora que agrava o problema: a pandemia.

“O desemprego, o medo e o luto, por exemplo, agravaram ou despertaram sentimentos ruins em nós, exigindo que fiquemos mais atentos ao que cada um está passando, individualmente”, diz.

O presidente da Associação Psiquiátrica do Espírito Santo, Valdir Campos, explica que o suicídio está ligado, principalmente, à depressão, mas também tem relação com patologias, como dependência química, esquizofrenia e bipolaridade.

“Há muitos sinais que alertam para uma possível tentativa de suicídio, como automutilação, desesperança e falas de desamparo. Precisamos aprender a falar sobre eles, para que seja possível prevenir o problema”, aponta.

Valdir lembra, ainda, que a faixa etária com o maior crescimento no número de suicídios é dos 15 aos 29 anos, segundo a OMS.

“Os pais precisam parar de pressionar os filhos e de achar que dão conta de tudo, pois só um profissional será capaz de ajudá-los”, comenta a psicóloga Sabrina Matias.

Prefeituras oferecem ajuda

Quem precisa de apoio emocional, pode procurar pelos diferentes serviços disponibilizados na Grande Vitória, que possuem como objetivo oferecer um “ombro amigo” de especialistas.

Na Serra, é oferecido um acompanhamento, feito por psicólogos, assistentes sociais e médicos da área. Para ser atendido, basta o usuário ir à unidade de saúde mais próxima de casa para receber todas as orientações.

O mesmo acontece em Vila Velha, onde, depois de procurar a unidade, o indivíduo é encaminhado para o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas (Caps-ad).

Em Cariacica, para conseguir atendimento, o morador também deve se dirigir a uma Unidade Básica de Saúde, onde será direcionado para o serviço especializado.

A Prefeitura de Vitória informou que o Caps, além de atender aos pacientes encaminhados, também está de portas abertas para acolher quem os procura diretamente.

Outro serviço é o Centro de Valorização da Vida (CVV), que promove atendimentos 24 horas por dia. Sem fins lucrativos, a ajuda é gratuita e pode ser feita tanto pelo telefone 188 como pelo site www.cvv.org.br, via chat e e-mail, além de carta.

“De forma geral, o indivíduo poderá conversar, expor seus problemas e encontrar alguém que o ouça sem recriminação”, frisou um dos voluntários do CVV, Carlos Faroni.

Rodas de conversa

Imagem ilustrativa da imagem Setembro Amarelo: Campanhas ajudam a salvar vidas e reduzir suicídios
Frases positivas como “Você não está sozinho” e “Tudo vai dar certo” sempre guiam as reuniões dos jovens da Missão Praia da Costa |  Foto: Antonio Moreira/ AT

Frases positivas como “Você não está sozinho” e “Tudo vai dar certo” sempre guiam as reuniões dos jovens da Missão Praia da Costa, em Vila Velha, cujo comando fica por conta da psicóloga Sabrina Matias.

Mensalmente, David Calazans, Ariella Marques, Emily Herculano e Douglas Almeida fazem rodas de conversas que os ajudam a lidar com as próprias emoções, além de ajudar e acolher o próximo.

Neste mês de setembro, um dos principais pontos reforçados é a luta contra o suicídio.

“Pelos encontros, começamos a nos aceitar e a ver o mundo de uma outra forma, sem nos sentir incapazes de ser ou fazer alguma coisa”, acredita outra frequentadora, Jéssika Miranda, de 23 anos.


SAIBA MAIS


Setembro Amarelo

  • Iniciada em 2015, o Setembro Amarelo é uma campanha brasileira de prevenção ao suicídio.
  • O mês de setembro foi escolhido porque, desde 2003, o dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.

Números

  • O suicídio é a segunda causa de mortes no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
  • Ainda conforme dados da OMS, cerca de 800 mil pessoas tiram a própria vida todos os anos no mundo. A cada 40 segundos, ocorre um suicídio.
  • No Brasil, cerca de 11 mil pessoas se suicidam por ano, o que corresponde a 32 mortes por dia.
  • Um boletim divulgado pelo Ministério da Saúde, em 2019, também mostrou um aumento expressivo das tentativas de suicídio em relação ao total de violência autoprovocada (como casos de planos suicidas, automutilações e tentativas) entre os jovens de 15 a 29 anos, passando de 18,3% em 2011, para 39,9% em 2018.

Sintomas

  • Quem sofre com algum problema emocional costuma ter pensamentos de tirar a própria vida e apresenta sintomas como: desesperança, desamparo, depressão e dependência química.
  • a automutilação também é um sinal de que o indivíduo precisa de ajuda profissional.

Fonte: Ministério da Saúde e OMS.

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