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Cidades

Seis anos depois, pescadores ainda sofrem desastre em Mariana

Rompimento da barragem de rejeitos de minério da Samarco, em Minas Gerais, atingiu o Rio Doce e o litoral capixaba


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Seis anos depois da tragédia de Mariana, que deixou um rastro de poluição e contaminação no Rio Doce e no litoral capixaba, pescadores do Estado ainda sofrem com o desastre. 

Muitos abandonaram a pesca, já que o medo do consumo de peixe contaminado fez a venda ser reduzida de forma drástica. Os que continuaram enfrentam a redução de renda e a indefinição sobre quando o rio será recuperado.

A maior tragédia ambiental da história do País aconteceu no dia 5 de novembro de 2015, quando uma barragem de rejeitos de minério da mineradora Samarco rompeu em Minas Gerais, matou 19 pessoas e atingiu o Rio Doce e o litoral capixaba.

Dados do monitoramento da biodiversidade realizado no Estado apontaram que uma série de espécies de peixes apresenta indicativos de contaminação por metais. E essa contaminação atingiu diretamente os pescadores de São Mateus e Linhares.  

É o caso da pescadora Eliane Balke, 53 anos, que há mais de 20 anos pesca profissionalmente na localidade de Campo Grande de Barra Nova, ao norte da foz do Rio Doce, em São Mateus.

“Já são seis anos do rompimento da barragem e ainda estamos sendo ‘atingidos’. Foi um monstro que nos atacou sem piedade. Só nos resta a união das famílias, pois não sabemos o que será de nós. Nosso modo de vida foi totalmente alterado. A lama levou a minha vida”.

Eliane conta que alguns pescadores conseguiram auxílio financeiro, mas o valor é insuficiente.

“O valor é muito abaixo do valor gerado pela pesca. Diante disso, muitos continuam pescando e se alimentando dos peixes contaminados. A reparação precisa ser integral e justa, e ela só vai acontecer quando nosso modo de vida voltar a ser como era antes”, ressaltou.

Das 31.712 famílias capixabas e mineiras cadastradas no Programa de Indenização Mediada, somente 11.121 receberam indenização. 

Enquanto isso, 85 mil processos judiciais pedindo indenização travam reparações sociais, econômicas e ambientais.

Para fazer andar as reparações, estão em andamento negociações para a repactuação do acordo inicial feito entre a União, governos de Minas e Espírito Santo, mineradoras e Ministérios Público.

Fundação Renova diz que resíduos não são tóxicos

Criada para reparar o impacto ambiental e financeiro causado pela tragédia, a Fundação Renova afirmou, em nota, que resultados obtidos em análises mostram que o rejeito não é tóxico, segundo “critérios da norma brasileira de classificação de resíduos sólidos”.

“Avançamos na reparação com a elaboração e execução dos Planos de Ação para Conservação da Biodiversidade Terrestre e Aquática. O início da implantação das ações propostas ocorrerá nos próximos meses”, ressaltou a Renova.

A Fundação Renova mantém um  Acordo de Cooperação Técnico-Científica e Financeira com a Fundação Espírito-Santense de Tecnologia (Fest), da Universidade Federal do Espírito Santo. 

A Fest já divulgou um relatório mostrando que espécies de peixes começaram a apresentar indicativos de contaminação por metais.

Sobre as indenizações, a Renova disse que os valores já chegaram a R$ 6,5 bilhões e que 336 mil pessoas no Espírito Santo e Minas Gerais já foram indenizadas ou receberam auxílio.

“O total de pessoas indenizadas no Estado chegou a 18,3 mil pessoas de sete localidades e o valor desembolsado, a mais de R$ 1,83 bilhão até setembro”, destacou a nota a Fundação Renova.

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