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Regional

Aulas de musicalização para preservar a tradição do congo em Guarapari

Até junho, projeto Tambores do Amanhã oferece oficinas de graça para jovens entre 10 e 16 anos, na periferia do município


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Imagem ilustrativa da imagem Aulas de musicalização para preservar a tradição do congo em Guarapari
Integrantes da Associação Sinestesia, responsável pelo projeto que mantém viva a força do congo |  Foto: Pedro Henrique Oliveira

Uma das manifestações culturais mais tradicionais do Espírito Santo, o congo capixaba ganha novo fôlego com o projeto Tambores do Amanhã, voltado para a formação de jovens da periferia de Guarapari.

A iniciativa é da Associação Sinestesia Criatividade Coletiva e tem como foco a preservação dessa herança cultural por meio da educação musical.

Até junho, o projeto está oferecendo oficinas gratuitas de musicalização para jovens entre 10 e 16 anos, no bairro Coroado. As aulas acontecem todas as terças-feiras, às 19h, na sede da Associação de Moradores do bairro. Ao todo, estão sendo disponibilizadas 30 vagas.

Além da parte prática com os instrumentos, o projeto também investe no resgate da memória local, com a produção de um e-book gratuito sobre as bandas de congo de Guarapari.

“A ideia é passar o congo para as próximas gerações, porque, atualmente, vemos muito os antigos. Conforme o tempo passa, a tradição vai se perdendo”, explica o mestre Wesley Jhoni, responsável pelas aulas e vice-presidente da Associação das Bandas de Congo de Guarapari.

Para o presidente da Associação Sinestesia, Bruno de Deus, o projeto fortalece uma caminhada iniciada em 2014 pelo coletivo, com o objetivo de revitalizar a tradição congueira na cidade.

“É uma parceria entre as associações que fortalece essa rede que se articula para revitalizar e resgatar essa memória que estava um pouco perdida”, afirma.

Apesar de sua origem antiga, o congo ainda desperta o interesse da juventude — como foi o caso do próprio Wesley, que conheceu a tradição ainda na adolescência.

“Eu comecei com 13 anos, e foi justamente em momentos de estar passando por locais e ver o congo acontecendo. Isso me tornou uma espécie de discípulo”, relembra.

Segundo o mestre, o desafio sempre foi a visibilidade.

“O congo sempre aconteceu no interior, e sabemos a dificuldade do homem do campo de se locomover para a cidade, e não há um trabalho midiático. Agora, estamos em um novo momento de promover novos projetos e, inclusive, levar o congo para escolas”, adianta.

Ao fim das oficinas, o projeto vai promover um grande cortejo pelas ruas dos bairros Kubitschek e Coroado, reunindo jovens, mestres e grupos tradicionais. A ação conta com apoio do edital Funcultura/Secult.

FIQUE POR DENTRO

Patrimônio Imaterial do Estado

O Congo Capixaba é um gênero musical brasileiro típico do litoral do Espírito Santo.

A performance envolve instrumentos como tambor de congo, bumbo ou caixa, casaca (ou reco-reco), cuíca, chocalho, triângulo, apito (usado pelo mestre para iniciar e encerrar as toadas).

As toadas geralmente homenageiam santos, como São Benedito e Nossa Senhora da Penha (padroeira do estado), e também abordam temas como o mar, o amor e a morte.

O Congo Capixaba vai além do religioso e folclórico, influenciando a música popular contemporânea.

Bandas modernas, como a Casaca, misturam o congo com instrumentos como guitarra e baixo.

Existem 66 bandas de congo catalogadas no Espírito Santo.

Em 2014, o Conselho Estadual de Cultura (CEC) reconheceu o Congo como Patrimônio Imaterial do Espírito Santo.

As bandas de congo se organizam com base em proximidade geográfica, afinidades nos rituais e nas tradições.

A distribuição geográfica das bandas ocorre principalmente na região central do Espírito Santo, da margem norte do Rio Doce até áreas rurais de Guarapari.

Fonte: Pesquisa A Tribuna, Governo do Estado e Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

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