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Cidades

Quadros de artista plástico capixaba em novela

Sete trabalhos do artista plástico Moacyr Travaglia, de Cachoeiro de Itapemirim, decoram cenários de novela em horário nobre


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Imagem ilustrativa da imagem Quadros de artista plástico capixaba em novela
Artista plástico Moacyr Travaglia com obras que aparecem na novela: “Trabalho árduo, mas que trouxe projeção” |  Foto: Divulgação/Jéssica Matielo

Morador de Cachoeiro de Itapemirim, Sul do Estado, o artista plástico Moacyr Travaglia começou a pintar quadros ainda menino, aos 10 anos, por incentivo da família. Hoje, aos 44, comemora o fato de sete de suas obras decorarem cenários de uma novela do horário nobre.

As telas compõem a empresa do personagem Guerra, interpretado pelo ator Humberto Martins, na novela Travessia, da TV Globo. 

Segundo Moacyr, elas estavam em uma exposição no Rio de Janeiro e foram selecionadas duas semanas antes do início da trama, em setembro do ano passado. 

“Para mim foi uma surpresa. Não foi nada trabalhado e não estava buscando isso. É um olhar diferente e isso engrandece muito o trabalho do artista”. 

Moacyr Travaglia  explica que seus quadros são do estilo abstrato e retratam a gesticulação, os  movimentos humanos, assim como a reintegração humana. 

“Você vai ver movimentos repetitivos que vão dando forma, tudo irracional. Eu me conecto muito com a evolução e a reiteração do homem”. 

Segundo o artista plástico, toda arte tem a intenção de explorar um modo de o indivíduo ver a realidade de forma diferente. Para isso, é necessário sair do racional e vislumbrar novas possibilidades. 

Ele classifica seu trabalho como um estudo da questão da alienação humana, pois ao abordar repetições de movimentos e traços repetitivos, leva ao espectador da arte uma nova linguagem.

“Por meio dos movimentos repetitivos eu questiono as repetições humanas na vida tendo em vista as alienações”. 

Moacyr revelou que começou a pintar quando ainda era criança, sem nenhum interesse em vender quadros, mas por incentivo de alguns membros da família que já pintavam e, com o tempo, se desenvolveu como artista. 

“Nunca parei de pintar. E, há uns sete anos, houve o interesse de levar o meu trabalho nas galerias”, afirmou. 

Segundo o artista, demorou cerca de 25 anos para ele enxergar que suas obras tinham valor no mercado. E foi pelo olhar de outras pessoas, incluindo curadores e galeristas, que ele entendeu isso.

“Foi um trabalho árduo, mas me trouxe projeção”. 

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