Protesto na Mata da Praia contra polo gastronômico
Moradores estão preocupados com impactos que a criação do polo deve causar no bairro
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Insatisfeitos com a criação de um polo gastronômico no bairro, moradores da Mata da Praia, em Vitória, marcaram um protesto para o início da noite desta terça-feira (19). A iniciativa está prevista para ser feita no trecho da avenida Desembargador Dermeval Lyrio até a avenida Rosendo Serapião de Souza Filho.
De acordo com a presidente da Associação de Moradores da Mata da Praia, Maria Lucia Delatorre, a preocupação é que o projeto cause impactos na tranquilidade do bairro.
"Vai impactar no trânsito, vai trazer muito mais pessoas, carros e lixo. Tudo isso que acontece no Triângulo das Bermudas e não queremos isso na Mata da Praia", afirmou ela.
O protesto está marcado para começar às 18 horas e o local onde os moradores vão se concentrar é próximo ao supermercado Perim. Cartazes, faixas e um carro de som devem ser utilizados para a manifestação.

"Esse decreto não pode ser criado aqui para Mata da Praia, porque os moradores não querem. Somos um bairro muito bem organizado e estruturado e não tem porquê trazer isso para cá. Tem bairros de Vitória que precisam, mas a Mata da Praia não tem essa necessidade", disse a presidente da Associação de Moradores.
De acordo com ela, os moradores têm procurado a associação para manifestar a insatisfação pela criação do polo gastronômico no local. Conversas com a prefeitura já foram realizadas.
"Já fizemos várias reuniões e o discurso é o mesmo de que o polo não vai gerar danos, mas nós sabemos que vai, porque sabemos da realidade", ressaltou Maria Lucia.
O secretário de Governo e de Desenvolvimento da Cidade e Habitação, Marcelo de Oliveira, explicou que a ideia da prefeitura é organizar e estruturar a região com os estabelecimentos que já existem no local.
"O polo gastronômico é um instrumento que o município tem para organizar e ordenar a ocupação que já existe no local. Os restaurantes e as atividades que existem no local e já estão dispostas. O que queremos é organizar para não ter o que os moradores temem. No polo gastronômico é proibido ambulante, food-truck, carro de som e qualquer atividade que possa trazer prejuízo para o local", afirmou ele.
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