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Cidades

Professor do ES cria aplicativo para ajudar deficientes auditivos

A ideia do projeto surgiu por uma experiência que o criador, que também é enfermeiro, viveu em um de seus plantões


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Imagem ilustrativa da imagem Professor do ES cria aplicativo para ajudar deficientes auditivos
O professor Éder Júlio desenvolveu o aplicativo “Socorro com as mãos”, para momentos de urgência | Foto: Kadidja Fernandes/AT

Imagina ver sua casa pegar fogo e não poder pedir ajudar? Ou ainda sofrer um assalto e ter dificuldade em contatar a polícia? Para pessoas com deficiência auditiva, essa é uma dificuldade que faz parte da realidade. Foi pensando nesses momentos de urgência que o enfermeiro universitário Éder Júlio Rocha desenvolveu o aplicativo “Socorro com as mãos”.

“Esse público é o mais prejudicado. Em pleno século XXI a única forma de acionar qualquer tipo de força de segurança ser por linha telefônica é ultrapassado. Então, nossa ideia é justamente dar mais acesso e opções para as pessoas que necessitam de ajuda”, pontuou o professor, que é de Minas Gerais.

Gratuito, o aplicativo precisará de um cadastro que deverá ser feito presencialmente em uma associação de surdos do Estado. Uma equipe estará disponível no local para ajudar novos usuários.

Após logar, a pessoa se depara com ícones indicando vários tipos de atendimento.

Entre as principais ocorrências estão parada cardíaca, acidente, arma de fogo, afogamento, animais peçonhentos e acidente vascular cerebral.

A ideia do projeto surgiu por uma experiência que o professor, que é enfermeiro, viveu em um de seus plantões no setor de urgência e emergência. Ele explica que a impossibilidade da comunicação por telefone e a incompreensão dos vizinhos impediram a assistência em tempo hábil.

“Em um de meus plantões, eu recebi um paciente idoso que sofreu um infarto agudo do miocárdio. Ele era acompanhado pelo seu filho, que presenciou o evento desde o início, porém, não conseguiu pedir ajudar, sinalizar para os vizinhos. Infelizmente o pai veio a óbito. E isso me deixou muito consternado”.

A experiência em 2018 foi tão marcante para Éder que virou o tema da sua dissertação de mestrado em Tecnologia Aplicada à Saúde. Ele explica que a pesquisa originou um protótipo, em 2020, após um ano e quatro meses de desenvolvimento.

O professor explicou que o projeto está em fase de implementação avançada em Belo Horizonte, com previsão de lançamento em março. Ela está em negociação com a Prefeitura de Vitória para implantação do projeto na cidade.

“Fomos rapidamente atendidos pela prefeitura. Ela logo agendou com a secretaria de saúde e de segurança uma reunião para conhecer o aplicativo. Agora fui encaminhado para o departamento de urgência e emergência”.

Ferramenta é de fácil manuseio

Socorro com as Mãos

É um aplicativo desenvolvido para facilitar o atendimento de emergências para deficientes auditivos.

Segundo o professor Éder, pela plataforma gratuita será possível acionar Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Samu com apenas um clique. Detalha ainda que o acesso é fácil e intuitivo.

Como funciona?

Para utilizar, o usuário precisa ter um cadastro na ferramenta. Devidamente habilitado, sempre que utilizar o aplicativo bastará clicar na opção correspondente ao socorro necessitado.

Entre as opções estão: parada cardíaca, arma de fogo, acidente automobilístico, afogamento, queda, dificuldade respiratória, atropelamento, animal peçonhento e outros.

O professor explica que é uma ferramenta de fácil manuseio. Além disso, destaca que foi criado para que todos pudessem ter acesso, inclusive, pessoas analfabetas.

Cadastro

Inicialmente, o aplicativo não estará na nuvem, ou seja, para baixá-lo, será preciso ir presencialmente em uma associação de surdos para fazer o cadastro. Colaboradores treinados por uma equipe fornecida pelos desenvolvedores, possuirão um QR code que permitirá o acesso.

Essa equipe também irá treinar os usuários e garantir que as informações do cadastro sejam preenchidas de forma correta.

O professor Éder explica que um dos motivos para isso é o investimento necessário para manter os servidores.

Outro motivo é fazer um histórico médico da pessoa, possibilitando acesso aos profissionais de saúde na hora da emergência.

Mas a razão mais importante, é garantir que seja de uso exclusivo da comunidade, diminuindo, por exemplo, a possibilidade de trotes.

No Espírito Santo, ainda não foi definida qual associação cumprirá essa função.

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