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Cidades

Passeios para experimentar mais de 300 tipos de cerveja


Imagem ilustrativa da imagem Passeios para experimentar mais de 300 tipos de cerveja
Priscila e Augusto experimentam alguns dos rótulos de cervejaria da região de Pedra Azul, em Domingos Martins |  Foto: Roberta bourguignon

A produção de cerveja artesanal, que começou tímida e, na maioria das vezes, na cozinha de casa, deu origem a mais de 300 rótulos que são servidos por 41 marcas registradas de Norte a Sul do Espírito Santo.

O casal de administradores Priscila Gilles, de 37 anos, e Augusto Gilles, 38, de Vitória, aproveitou o fim de semana para experimentar, nas montanhas capixabas, alguns rótulos servidos pela Cervejaria Ronchi Beer, na região de Pedra Azul, Domingos Martins.

“Vimos que, de uns anos para cá, as montanhas capixabas tiveram esse boom nas cervejarias. Já gostávamos de cerveja artesanal e agora estamos experimentando os novos rótulos”, disse Priscila.

O Espírito Santo é o estado que mais registrou marcas no último ano e é o 7º com maior número de cervejarias no País, segundo o último Anuário da Cerveja, desenvolvido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

O presidente da Associação da Cerveja Artesanal do Espírito Santo (Abracerva-ES) e proprietário da Kingbier, Paulo de Victa Alves, destaca que o número de cervejarias registradas continua crescendo e o Anuário de 2021 vai mostrar isto.

“Primeiro, os apaixonados pela cerveja já registravam um movimento caseiro grande no Estado. A grande maioria desses cervejeiros tinha sonho de comercializar seus produtos. Com a abertura do segmento no Brasil, o Estado registrou as três primeiras marcas, aprovadas em 2013”, salienta Paulo.

“De lá para cá, o número só aumenta. Hoje, somos mais de 50 marcas, com certeza”, completa o presidente da Abracerva no Estado. Ele destaca que até algumas cidades menores já apresentam suas próprias cervejas.

“São características da Europa. Até pequenas cidades possuem sua cervejaria. Esse movimento também mudou a cabeça do consumidor, que passou a ver o produto como algo de qualidade”, diz.

A cervejaria Ronchi Beer, que nasceu em setembro de 2018, pelas mãos dos cervejeiros Valter Ronchi e os sobrinhos Everton e Eduardo Ronchi, começou com quatro estilos de cervejas e uma capacidade de produção mensal de 14 mil litros.

Com a grande procura, já são nove rótulos e capacidade de produção mensal de 78 mil litros, atendendo a todo o Espírito Santo, com chope, garrafas de 600 ml e long neck.

Cervejeiro criou mais de 100 receitas em sete anos

Em sete anos de registro da marca Trarko, o cervejeiro Michel Frederich Koehler Trarbach possui um acervo com mais de 100 receitas produzidas por ele. As que mais se destacam são servidas na Tap House, inaugurada há pouco mais de um ano na Rua do Lazer, em Domingos Martins.
Michel conta que a paixão pela cerveja artesanal surgiu com a vivência no tradicional restaurante da família na cidade.
“Temos a Casa Alemã, que completou 26 anos e é tradicional em Domingos Martins. Foi uma das primeiras choperias da região. Adquiríamos cervejas diferenciadas da Alemanha, Bélgica, Holanda, República Tcheca, EUA, Inglaterra. Nesse tempo de restaurante, chegamos a experimentar mais de 2 mil rótulos”, destaca Michel.


“Passei a buscar mais conhecimento sobre a cerveja e decidi que desenvolveria nossa própria marca”, salienta.
Segundo ele, o que chamava a atenção eram as cervejas diferenciadas, com frutas, por exemplo. O nome da bebida é uma junção de seus sobrenomes.

“Começamos em 2014 a elaborar as cervejas e servir no restaurante da família. Comecei como forma de estudos na panelinha em casa, com um primo, Gabriel. No primeiro mês, vendemos 30 litros; depois, 60 litros, e foi crescendo”, relata.

“Encontrei uma cervejaria em Guarapari, para a produção, e construí a nossa cervejaria na sede. Hoje, são produzidos de 30 a 40 mil litros por mês”, revela o cervejeiro.

Segundo Michel, a água de Domingos Martins faz toda diferença na produção das cervejas e algumas recebem insumos da Alemanha, Bélgica, Inglaterra e Áustria.

“Temos mais de 100 receitas desenvolvidas desde o início da produção. Fazemos de 12 a 14 estilos por mês. Sempre temos receitas sazonais, como no verão e inverno. Utilizamos frutas orgânicas, colhidas em Pedra Azul, café e chocolate belga. Cervejas dessa natureza demoram três meses para ficarem prontas”, ressalta.

Neto de libanêspõe frutas e até café em seus rótulos

Neto de libanês, Daniel Lordello Buaiz produz 12 rótulos na Cervejaria Barba Ruiva, na entrada de Domingos Martins. Além dos tipos mais tradicionais, ele investe em cervejas com café arábica da região e frutas colhidas na própria cidade. “De tanto as pessoas perguntarem se tinha uma cerveja de café, eu passei a colocar café”, brinca.

A American IPA, desenvolvida pela cervejaria de Daniel, ganhou medalha de ouro na Copa da Cerveja das Américas e já é estrela do negócio, iniciado após uma radical mudança de vida.

“Eu sou formado em Direito e queria deixar a área jurídica. Atuei como assessor da Procuradoria-Geral de Justiça do Ministério Público do Estado por 12 anos. Em 2009, comprei um sítio em Domingos Martins e conheci minha esposa, Mariana. Quatro meses que estávamos juntos, ela engravidou e decidimos pela mudança para Domingos Martins”, lembra.

Influenciado por um primo, ele decidiu investir em cerveja artesanal e abriu a cervejaria em 2016.

Cervejaria faz bebida artesanal no estilo inglês

Há três anos, o cervejeiro Eduardo Machado resolveu investir na própria marca. Para fazer um trocadilho com um cabaré famoso na França, ele e o sócio decidiram batizar a cervejaria com o nome de “Mula Rouge”.

Primeiro, eles abriram um ponto em Marechal Floriano, mas agora passaram a atender em Domingos Martins e em Vitória. Ao todo, sete rótulos são servidos pela marca. Uma das mais diferenciadas é a Oat Meals, conhecida como a cerveja do café da manhã.

“‘Oat’ é aveia e ‘meals’, refeição. É como se fosse a cerveja do café da manhã. No estilo inglês, a cerveja mais escura, mais esmaltada”. Devido à pandemia, a choperia segue em desenvolvimento, segundo ele. “No começo, eu só tinha uma mangueirinha de chope. Hoje, temos bico para todos os rótulos”.


SAIBA MAIS


Crescimento de 58,4% no Estado  

Curiosidades

  • As regiões Sul e Sudeste concentram mais 80% das cervejarias do Brasil, de acordo com a edição mais recente do Anuário da Cerveja.
  • Em 2020, foram registradas no Brasil, 204 novas cervejarias. Outras 30 cancelaram seus registros, o que representa um aumento de 174 cervejarias e 14,4% em relação a 2019.
  • O Espírito Santo registrou 7 novas marcas em 2020, o maior número no País, com crescimento de 58,4% em relação aos anos anteriores. É o 7º estado com mais registros.
  • Segundo a Associação da Cerveja Artesanal do Espírito Santo (Abracerva-ES), são mais de 300 rótulos de cerveja artesanal registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
  • Para o presidente da Abracerva-ES e proprietário da Kingbier, Paulo de Victa Alves, com as novas cervejarias registradas em 2021, já são mais de 50 marcas registradas.
  • A maioria das marcas registradas pelos capixabas está localizada na região de montanhas do Espírito Santo. A maior parte dos cervejeiros segue os estilos ensinados por ingleses, alemães e belgas.
Fonte: Anuário da Cerveja e Abracerva-ES.

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