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Aquiles Mota: “A caderneta de fiado era uma relação de confiança”

Fundador da Casa Mota, Aquiles Dias Mota, de 99 anos, ainda trabalha vendendo produtos em seu comércio


Imagem ilustrativa da imagem Aquiles Mota: “A caderneta de fiado era uma relação de confiança”
Aquiles Dias Mota, que vai fazer 100 anos em abril de 2024, disse que não tem nenhuma doença, apenas toma suplementos |  Foto: Clóvis Rangel/AT

“Nasci em Muniz Freire, em 1924. Com 21 anos, fui para o Rio de Janeiro, onde trabalhei no 1º Batalhão de Canhão do Exército, em São Cristóvão, por uns quatro meses. Quando voltei de lá, fui cuidar da lavoura da minha família.

Em 1948, vim morar em Cachoeiro de Itapemirim em busca de melhoria de vida, porque não queria mais cuidar da roça do meu pai.

Em 1950, já estava com minha loja funcionando. No começo não vendia fiado porque precisávamos de dinheiro para nos manter, mas depois que conquistamos nossos clientes fiéis, o caderninho de fiado era uma relação de confiança.

Até hoje, como não temos condições de elaborar um crediário próprio, anotamos no caderninho para nossos primeiros clientes e somente para eles.

Selas

Logo de início, quando cheguei em Cachoeiro, fui trabalhar na fábrica de selas do meu tio, que me ensinou a fabricar selas para cavalos.

Eu não quis receber salário, quis aprender essa profissão, e ficava todos os dias até as 22 horas trabalhando.

Esse meu tio também tinha uma pequena loja de materiais de construção que mantinha junto com o meu primo, o filho dele, mas esse meu primo foi se desinteressando pela loja e meu tio resolveu vendê-la.

Eu a comprei em 1950, com as economias que juntei na época. Na época se chamava Selaria Mota, depois que compramos mudamos o nome para Casa Mota e estamos há mais de 70 anos de portas abertas.

Família

Me casei com minha saudosa esposa, Adelaide, em 1953, e permaneci com ela até quando ela faleceu, há três anos.

Nos conhecemos em Alfredo Chaves, em 1952, em um ponto de ônibus, e começamos a namorar. Passeávamos muito antes de casarmos. Juntos, tivemos seis filhos, cinco mulheres e um homem, que nos deram 16 netos e quatro bisnetos.

Uma filha minha é a fundadora da marca Adcos. Meu maior orgulho é minha família. Meu orgulho foi ver meus filhos estudarem e se formarem, sempre com saúde. Me sinto realizado, muito realizado e orgulhoso.

O que sinto muito também é saudade da minha falecida esposa e dos meus filhos, que não moram em Cachoeiro.

Rotina

Todos os dias ainda abro a loja por volta das 7h30 e lá fico. Acordo cedo, preparo meu café da manhã e de quem vier tomar comigo.

Meu filho vem todos os dias e prepara a comida dele do jeito que ele gosta. Hoje já não trabalho tanto quanto antes, mas sempre estou lá.

Uma filha minha que fica mais à frente depois que minha esposa faleceu. Na verdade, moro em cima da loja e meu filho e sua família em outro apartamento em cima do meu.

Aqui, na verdade, é um pequeno prédio da nossa família. Tenho uma saúde de ferro, graças a Deus, não tenho nenhuma doença como hipertensão ou diabetes. Só tomo suplementos e completo 100 anos em abril de 2024”.

Depoimento concedido ao repórter Clóvis Rangel

Perfil

- Aquiles Dias Mota tem 99 anos de idade. Nasceu em Muniz Freire, mas mora em Cachoeiro de Itapemirim há 75 anos.

- Aos 21 anos, serviu ao Exército. Hoje é aposentado e empresário, sendo o fundador da Casa Mota, uma das lojas mais antigas de Cachoeiro.

- Tem seis filhos, uma delas é Ada Mota, fundadora da marca de cosméticos Adcos.

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