Morre dona Zulmira, aos 111 anos
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Após ficar internada por nove dias por conta de uma pneumonia, dona Zulmira Ferreira da Silva, de 111 anos, morreu na manhã desta segunda-feira (21), em Alegre, no Sul do Estado. Em abril deste ano, o Tribuna Online publicou uma matéria (clique aqui) sobre o aniversário da matriarca de uma família formada por nove filhos, 43 netos, 43 bisnetos e mais de 10 tataranetos.
Bisneta de dona Zulmira, Cynthia Valory Gama, de 33 anos, explicou que a bisavó não teve Covid-19: "Ela acabou tendo a pneumonia por conta da idade mesmo". Ainda de acordo com ela, Zulmira era muito religiosa e "deu o último suspiro" às 6 horas da manhã, depois de rezar o terço com uma de suas netas.
"É um momento muito difícil para todos nós. Sabíamos que uma hora isso poderia acontecer, mas nunca estamos preparados. A ausência é grande. Nos revezamos no hospital para cuidar dela e dar o máximo de conforto. O sentimento que fica, agora, é de missão cumprida, pois sei que fizemos tudo que podíamos para ela em vida", lamentou.
Por conta da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o velório de dona Zulmira, que aconteceu às 15 horas desta segunda-feira (21), durou apenas 2 horas. Ela foi enterrada logo em seguida, às 17 horas, no cemitério Nossa Senhora da Penha, em Alegre.
Dona Zulmira
Moradora da cidade de Alegre, no Centro, Zulmira nasceu em Recreio, Minas Gerais, onde passou parte de sua infância. Ela era filha de uma índia, Rita Isidoro, e de José Ferreira da Silva. Veio para Alegre em 1919, aos 10 anos, e aos 18 anos casou-se com José Hipólito Valory na Igreja Matriz Nossa Senhora da Penha.
A vida foi construída cuidando da família e se desdobrando em meio a costuras e roupas que pegava para lavar. Há cerca de oito anos, ela vivia com uma filha e uma neta, Luciana Valory Gama, de 41 anos.
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