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Cidades

Menina agredida por negar cola quer trocar de colégio em Cachoeiro de Itapemirim

Estudante de 12 anos que apanhou de 10 colegas por ter se negado a passar “cola” não quer voltar ao antigo colégio


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Uma menina de12 anos que foi agredida por ter se recusado a passar “cola” durante uma prova em uma escola de Cachoeiro de Itapemirim, Sul do Estado, quer trocar de colégio. Ela foi cercada depois da aula por 10 estudantes, que desferiram socos, chutes e puxões de cabelo na última sexta-feira e também terça-feira dessa semana.

A ideia de mudar de escola e o motivo da briga foram confirmados pela mãe da aluna, que solicitou para que as duas não fossem  identificadas.  

Segundo ela, a briga começou dentro da unidade de ensino localizada no bairro Coronel Borges depois que a filha se recusou a passar cola para as colegas. 

“Ela só chora, não sai de casa. Conseguimos uma vaga numa escola particular, mas ela ainda não está matriculada”, explicou.

Imagem ilustrativa da imagem Menina agredida por negar cola quer trocar de colégio em Cachoeiro de Itapemirim
Ela foi cercada depois da aula por 10 estudantes, que desferiram socos, chutes e puxões de cabelo |  Foto: Reprodução / Redes Sociais

As estudantes, segundo a mãe, alegaram que a jovem estava debochando e teria dito que, se elas quisessem tirar boa nota na prova, “deveriam ter estudado”. “Juntaram 10 meninas para surrar minha filha. Falaram que minha filha estava debochando, falando para elas estudarem mais para conseguir notas”. 

Em conversa com a direção da escola, a mãe disse que foi informada que quatro alunas que participaram da agressão foram expulsas, mas soube que as outras seis ainda permanecem na escola. 

Ela, então, solicitou a convocação de uma reunião com os responsáveis pelas estudantes, mas o pedido teria sido recusado pela diretora. “Registrei ocorrência na polícia. Elas criaram uma página para difamar e falar mal da minha filha”. 

Em nota enviada à reportagem, a Secretaria de Estado da Educação (Sedu) explicou que as medidas cabíveis foram tomadas, conforme o Regimento Escolar. A Polícia Militar informou que o Centro Integrado Operacional de Defesa Social (Ciodes) recebeu informações de agressões praticadas por alunos de uma escola a uma menina. 

No local, a equipe soube que as envolvidas já tinham ido embora. Elas não foram encontradas. Já a Polícia Civil revelou que um boletim de ocorrência foi registrado e que o caso segue na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e Adolescente e Idoso (DPCAI). 

Ainda segundo a Polícia Civil, a menina fez exame de corpo de delito. O Conselho Tutelar de Cachoeiro de Itapemirim revelou que acompanha o caso e que não divulgará, por enquanto, informações.

Bullying mantido em segredo

Muito do que acontece no ambiente escolar é escondido dos pais, que imaginam ter o controle das ações dos filhos. 

Segundo o advogado Thiago Rodrigues Arêas, essa foi uma das conclusões de uma pesquisa feita pelo Portal Educacional, divulgada em janeiro.

Enquanto 21% dos jovens entrevistados disseram que contam quando sofrem bullying para os pais, cerca de 42% mantêm alguma privacidade e outros 12% não contam nada sobre o assunto. Enquanto isso, apenas 28% dos pais dizem que não tocam neste tema com os filhos e outros 72% acreditam controlar esse conteúdo de forma total ou parcial na família.

 Ainda de acordo com o advogado, a pesquisa Este Jovem Brasileiro é feita anualmente com estudantes, pais dos alunos e professores. 

Desta vez, o projeto contou com mais de 4 mil estudantes, 95% deles com idade entre 13 e 16 anos, mais de 300 pais e  60 profissionais da educação. O estudo foi feito em 36 escolas particulares de 14 estados.

“Pelo menos 37% dos estudantes disseram que já agiram de modo agressivo ou ofensivo na escola”, ressaltou o advogado.

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