Médicos explicam doença que matou cantora de forró
Rita de Cássia morreu em Fortaleza, no Ceará, de fibrose pulmonar idiopática, uma doença que ainda não tem causa conhecida
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Conhecida como uma das principais compositoras do forró, tendo escrito mais de 500 músicas, entre elas “Meu Vaqueiro, Meu Peão” e “Saga de Um Vaqueiro”, a cantora Rita de Cássia morreu na última terça-feira aos 50 anos.
Ela estava internada desde o dia 1º de janeiro, em Fortaleza, no Ceará, para tratamento de uma fibrose pulmonar idiopática.
De acordo com os médicos, a doença é uma forma crônica específica da pneumonia intersticial fibrosante progressiva de causa desconhecida que produz fibroses (cicatrizes) nos pulmões, dificultando a respiração.
A pneumologista Jéssica Polese explicou que o pulmão é um órgão flexível, que precisa ter a capacidade de se expandir e de se encolher para permitir o processo de respiração.
“Quando o pulmão perde a sua funcionalidade, por algum motivo, fica com cicatrizes em seu tecido ou passa a ser mais endurecido, e o paciente é diagnosticado com fibrose pulmonar”, destacou.
“Os sintomas mais frequentes são tosse geralmente seca e irritativa e dificuldade para respirar que pode começar primeiro com grandes esforços e progredir ao longo do tempo, em repouso”, ressalta a pneumologista Silvana Duarte.
A pneumologista Carla Bulian explica que não existe tratamento para a doença. “A fibrose pulmonar não tem tratamento porque é uma doença progressiva. E quando já instalada se tratam os sintomas que são a dispneia e a tosse seca”, afirmou a médica. Ela salienta que o tabagismo pode influenciar na doença, mas não é a causa principal.
Saiba mais
O que é: a fibrose pulmonar idiopática é um tipo de pneumonia intersticial crônica fibrosante associada à piora funcional respiratória progressiva e taxas elevadas de mortalidade.
O termo idiopático é utilizado quando uma doença ainda não tem causa conhecida.
Sintomas: tosse (normalmente seca), falta de ar e fadiga ao realizar pequenos esforços.
Tratamentos: os disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) são antitussígenos, morfina, corticoterapia e oxigenoterapia, além da possibilidade de realização do transplante de pulmão.
A ocorrência desta doença é mais comum em homens com mais de 50 anos.
Fonte: Ministério da Saúde.
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