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Cidades

Médicos deixam de fazer cirurgias de coração pelo SUS a partir deste sábado

Com a interrupção da atividade médica, cerca de 100 cirurgias eletivas, de urgência e emergência podem deixar de ser feitas por mês no Estado


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Imagem ilustrativa da imagem Médicos deixam de fazer cirurgias de coração pelo SUS a partir deste sábado
|  Foto: Divulgação

Pacientes que precisam de cirurgias como implantes de marcapasso e de ponte de safena podem enfrentar maiores dificuldades na rede pública. 

Cirurgiões cardíacos que realizam procedimentos pelo Sistema Único de Saúde (Saúde) anunciaram ontem a suspensão dos serviços nos hospitais filantrópicos, onde   procedimentos são realizados. 

Com a interrupção da atividade, cerca de 100 cirurgias eletivas (sem urgência) e de urgência e emergência podem deixar de serem feitas por mês no Estado.

A empresa Medcardio, contratada para realizar as cirurgias e composta por 25 cirurgiões, enviou ontem um ofício à Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e aos hospitais filantrópicos informando sobre a suspensão das atividades. 

No caso das cirurgias eletivas, a suspensão já começou a valer neste sábado (13). Já as de urgência e emergência os médicos garantiram que irão manter até a próxima terça-feira. 

Entre os pedidos, os cirurgiões pedem recomposição salarial, já que não têm reajuste há 10 anos. “Além disso, os hospitais filantrópicos têm uma dívida de mais de R$ 5 milhões com a empresa. A Sesa repassa o valor aos hospitais pelos procedimentos feitos, mas os hospitais alegam que o valor repassado não é suficiente”, explicou um dos cirurgiões, sem se identificar. 

Ele reforçou que um dos motivos dos problemas enfrentados pelos hospitais é a redução dos procedimentos nos últimos meses. “Realizávamos 150 cirurgias por mês. Hoje, fazemos 100. Para a população, isso aumenta a fila, com pacientes chegando à mesa de cirurgia com quadros mais graves”.

O advogado da Medcardio, Paulo Henrique Cunha, apontou que a notificação não foi feita de forma abrupta, pois a empresa vem conversando e enviando ofícios sobre a insustentabilidade dos trabalhos. “Tanto os hospitais quanto a Sesa já tinham ciência disso, pois há vários meses estamos alertando para o déficit remuneratório e déficit na oferta de cirurgias frente à demanda reprimida”.

O presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM-ES), Fabrício Gaburro, pontuou que tem acompanhado de perto a questão e demonstrou preocupação “extrema” com os atendimentos aos pacientes e a espera. “Os pacientes que precisam dessas cirurgias são graves”.

Reunião marcada para semana que vem

Diante do anúncio de interrupção das atividades dos cirurgiões cardíacos a partir deste sábado (13), a Secretaria da Saúde (Sesa) informou que já há uma reunião marcada para discutir o tema junto com os hospitais contratados para realizar os procedimentos. 

De acordo com a Sesa, o serviço de cirurgia cardíaca no Sistema Único de Saúde (SUS) é realizado por hospitais privados filantrópicos, que são os responsáveis pela contratação de empresas médicas privadas para realização das cirurgias cardíacas no Estado. 

“A Sesa não possui serviço próprio ou contrato com a empresa de cirurgia cardíaca. Diante disso, foi agendada reunião com os hospitais prestadores do serviço de cirurgia cardíaca para tratar do tema na próxima semana”, informou a secretaria, em nota.

O presidente da Federação dos Hospitais Filantrópicos do Estado do Espírito Santo (Fehofes), Fabrício Gaeede, foi procurado pela reportagem, mas destacou que na tarde de ontem as empresas ainda estavam recebendo as notificações, por isso ainda seria “prematura” a manifestação. 

Segundo ele, ainda será aguardada a reunião com a Sesa para um posicionamento.

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