Médicos aprovam volta às aulas: “É possível voltar com segurança”
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Após o anúncio do governo do Estado, médicos mostraram-se favoráveis ao retorno das aulas presenciais e orientaram que educadores e alunos sigam os protocolos de segurança para evitar novos casos de Covid-19.
O presidente da Associação Médica do Espírito Santo (Ames), Leonardo Lessa Arantes, diz que a atitude de retornar foi correta, de acordo com o perfil epidemiológico do Estado e das recomendações do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e da Organização Mundial da Saúde (OMS).

“É possível, sim, voltar com segurança. O governo do Estado tem um protocolo de segurança bem estabelecido, com distanciamento, uso de máscara, álcool, entre outras medidas”.
O infectologista Carlos Urbano ressalta que esse retorno deve ocorrer de forma gradual. “Acho que as escolas precisam voltar de forma gradativa e seguindo os protocolos de segurança.”
O infectologista Lauro Ferreira Pinto também é favorável ao retornar de forma escalonada. “Não faz sentido praticamente quase tudo liberado e você não liberar a escola. É tempo demais para os alunos ficarem longe da sala de aula. Isso terá consequências no rendimento desses estudantes”.
Mas ele destaca que esse retorno deve ser com toda a segurança. Na opinião do infectologista Tálib Moysés Moussallem, trata-se de atitude tardia. “Defendo há tempos a reabertura das escolas. Estudos e experiências internacionais mostram baixa transmissibilidade e morbidade em crianças, sobretudo aquelas abaixo de 10 anos”.
Segundo ele, escolas são ambientes comprovadamente seguros, embora casos esparsos e pequenos surtos possam ocorrer. “O impacto biopsicossocial de tão grande período sem aulas e sem embasamento científico para tal é devastador. Infelizmente, a educação ficou por último”.
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