Medalhista olímpica inspira meninas a praticar skate no Estado
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Antes mesmo de fazer história por ser a medalhista olímpica mais nova do País, a maranhense Rayssa Leal, de 13 anos, conhecida como “Fadinha do skate”, já inspirava meninas do Estado a se desafiarem no esporte. Ela conquistou a prata ontem.
É o caso das adolescentes Amanda Pimentel e Ana Clara Araújo, ambas de 14 anos, e Ana Clarissa Pezzin, 16, que costumam mostrar seus talentos nas pistas do Atlântica Parque, em Vitória.

Elas conhecem a atleta há mais de um ano e, muitas vezes, se espalham nas manobras de Rayssa para criarem os próprios movimentos. Para isso, as três acompanham a ídola nas redes sociais e assistem a todos os seus vídeos.
Praticante do skate desde os 7 anos de idade, a maranhense faturou, ontem, a medalha de prata na modalidade street das Olimpíadas de Tóquio, no Japão.
“Achei extremamente incrível essa vitória da Rayssa. Ela me inspirou a entrar de cabeça no skate”, diz Ana Clara, que resolveu encarar o esporte no ano passado e, desde então, não parou mais.
Um dos maiores sonhos de Ana Clarissa é poder disputar as Olimpíadas e, segundo a adolescente, ao ver o sucesso da “Fadinha”, ela sente que também é capaz. “Quero treinar muito para chegar até onde ela está”, afirmou.

Outras inspirações das jovens são as brasileiras Pâmela Rosa e Letícia Bufoni, além de várias representantes capixabas.
“Ando de skate desde pequena, mas comecei a ver muitas garotas aqui do Estado nas ruas, e isso me motivou a olhar o esporte de outra forma”, conta Amanda.
Quem também gosta de subir na “prancha” é a pequena Elisa Caiado, de 5 anos, que faz aulas com a instrutora e campeã nacional de skate máster Aline Dantas, 38 anos. “Cada vez mais jovens têm experimentado o esporte, motivadas umas pelas outras e por exemplos como o da Rayssa”, salienta Aline.
Foi a mãe de Elisa, a empreendedora Júlia Caiado, de 35 anos, que apresentou o skate à criança. “Percebo que ela virou outra menina, pois aprendeu a driblar os próprios medos e, acima de tudo, a ter direito de ser o que quiser”, diz.
Futura carreira

Prestes a abandonar o skate, devido ao preconceito que sofria nas ruas, a jovem Rúbia Dantas, de 16 anos, deu uma segunda chance ao esporte após conhecer a história da “campeã olímpica” Rayssa Leal.
Rúbia contou, ainda, com o apoio de um projeto social do bairro onde mora, em Terra Vermelha, Vila Velha, que lhe deu um skate novo.
“Devo muito a eles, porque, hoje, a pista é a minha vida. Meu sonho é virar uma profissional, igual a Rayssa”, diz.
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