Malhação com diversão para crianças em casa
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Sem aulas de educação física, passeios e jogos com os amigos, as crianças estão ficando sedentárias no confinamento. A solução encontrada pelos adultos para movimentar os pequenos foi envolvê-los nos seus exercícios.
O ideal é adaptar os exercícios para o lúdico, remetendo a brincadeiras, como pular corda ou amarelinha e passar por obstáculos. Assim, a malhação vira diversão.

Há casos em que as crianças se envolvem espontaneamente ao ver os adultos. O engenheiro de produção João Augusto Justino, 27, pratica crossfit e levava os afilhados Mariana, 11, e Gabriel, 13, aos treinos. Há um mês, eles deixaram de olhar e agora brincam em casa.
“Notamos melhoras na disposição e na postura. Eles ficam menos no celular, interagem melhor e dormem mais cedo”, diz o padrinho.
Já a professora Daniela Lima, 32, inclui o filho Bento, 4, nos exercícios de ioga.
“Ele passou a vivenciar mais a prática comigo no confinamento”, conta a mãe, que pretende manter o envolvimento após a pandemia. “Ajudou-o a ficar mais calmo, a gastar energia e a ter mais foco”.

Devido à pandemia, a Organização Mundial da Saúde indica ao menos 300 minutos de atividades físicas semanais para as crianças. Para os adultos, são 150 minutos.
A pediatra Nathália Miranda destaca que a prática ajuda a passar o tempo, gasta a energia, melhora o sono e reduz a ansiedade. “Pode começar a partir dos 2 anos, que a criança tem coordenação motora; após os 4, pode disputar quem corre mais rápido”.
O personal trainer Pablo Machado acrescenta que, adaptados à idade, os exercícios proporcionam benefícios para equilíbrio, noção espacial e força. “Com criatividade, é possível manter as crianças sempre se exercitando mesmo em casa.
A partir dos 7 anos, o educador físico Glênio Luiz de Araújo Ferreira recomenda exercícios com o peso do próprio corpo, como prancha, polichinelo e corrida parada. “Pais devem fazer junto com o filho para se motivarem”.
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Exercícios
Devem ser atividades lúdicas, como brincadeiras de acordo com a faixa etária, podendo ser promovidas a partir dos 2 anos, quando a criança já tem coordenação motora.
Pular corda, chute ao gol, lançar dardo, improvisar amarelinha no chão do quarto, passar por obstáculos e dançar estimulam o movimento.
A partir dos 4 anos, a dica é incentivar pequenas competições, como de corrida ou arremesso. Depois dos 7 anos, exercícios com o peso do próprio corpo podem ser introduzidos, como abdominal, polichinelo, flexão e corrida parada.
Benefícios
Na quarentena, ajuda a passar o tempo, gastar a energia, melhorar o sono e reduzir a ansiedade. Além de melhorar a coordenação motora, o equilíbrio, a noção espacial e a força.
Rotina
A prática física deve ser rotineira. Com o confinamento, a Organização Mundial da Saúde recomenda 300 minutos de exercícios semanais para crianças e 150 para adultos.
Exemplo dos pais
Observar os adultos se exercitando ajuda a motivar e a engajar as crianças nos exercícios. O treino em família ainda estreita os vínculos e um ajuda a motivar o outro.
Cuidados
Especialistas alertam para a importância de se orientar com especialistas a fim de evitar lesões caso algum movimento seja executado de modo inadequado. Atenção também a desconforto, principalmente em joelhos e coluna; e cuidado ao apoiar em móveis para evitar acidentes.
Muitos profissionais têm publicado conteúdos online inclusive com orientações para pais com crianças.
Mesmo com acompanhamento virtual de um profissional, sempre se policie na correção postural, na velocidade e na intensidade do exercício.
Fonte: Especialistas entrevistados.
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