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Cidades

Maioria dos pais acredita que poderia fazer mais pelos filhos, diz pesquisa

Pesquisa revela ainda que 62,6% se preocupam com o impacto das redes sociais e da internet na vida deles


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Imagem ilustrativa da imagem Maioria dos pais acredita que poderia fazer mais pelos filhos, diz pesquisa
A psicanalista e terapeuta Regiane Nunes Gomes, 40, é mãe de Alice, 15, e Francisco, 13. Ela conta que os filhos já sofreram bullying na escola. |  Foto: Kadidja Fernandes/AT

Nas últimas semanas a série “Adolescência”, da Netflix, gerou diversos debates sobre o comportamento dos adolescentes na escola, na internet e com a família. Uma das frases da série que mais chamou atenção foi a dos pais se perguntando: “Não deveríamos ter feito mais?”.

Essa é uma das dúvidas que muitos deles carregam, por isso, A Tribuna, em parceria com o Laboratório de Pesquisa da área de Humanas da UVV, foi ouvir os pais. A maioria deles (72,1%) acredita que poderia fazer mais pelos filhos, conforme revelam os dados da pesquisa.

Dos entrevistados, 62,6% se preocupam com o impacto das redes sociais e internet na vida do filhos, assim como 62,2% disseram que sabem a fundo sobre o comportamento do filho e como ele pode agir caso sofra bullying.

Na avaliação da psicóloga Henza Rafaela Morandi, a sensação de “poderia fazer mais” sempre existiu entre os pais, mas seu impacto e sua frequência se intensificaram com o avanço da tecnologia e das redes sociais.

“A culpa parental não pode ser atribuída a um único fator, mas a um conjunto de elementos que, somados, sobrecarregam os pais e alimentam um sentimento de insuficiência, muitas vezes infundado”.

Para a psicóloga infantojuvenil Paula Santos é importante que os pais escutem as demandas dos filhos e “entrem” no mundo deles, não balizando comportamentos.

“É importante valorizar cada questão e colocar sempre em pauta a importância de cuidar da saúde mental, de entender e saber manejar os sentimentos e, sempre que possível, cuidar da saúde mental com um profissional da área”.

O problema da culpa, segundo a pedagoga Dayane Uyara, da Secretaria de Inclusão Acadêmica e Acessibilidade da Ufes, é que ela pode fazer com que os pais adotem comportamentos extremos. “Alguns tornam-se permissivos, evitando dizer 'não' para não frustrar os filhos, enquanto outros se tornam superprotetores, tentando evitar qualquer sofrimento”.

Na análise do coordenador da pesquisa, o professor da UVV Fabrício Azevedo, hoje, a grande dificuldade dos pais é a sobrecarga de trabalho. “Isso faz com que esses pais tenham dificuldade de estar acompanhando o desenvolvimento do filho, as redes sociais, a escola e o desempenho desse filho”.

Tempo de qualidade

A psicanalista e terapeuta Regiane Nunes Gomes, 40, é mãe de Alice, 15, e Francisco, 13. Ela conta que os filhos já sofreram bullying na escola, na família e com amigos e toda a situação foi compartilhada com Regiane. “Um dos nossos acordos é que só eu e o pai vamos conseguir protegê-los, independente do que aconteça”.

“Hoje converso sobre tudo com eles, isso faz com que eles tenham confiança em mim. Tempo de qualidade é o melhor que posso oferecer, e esse tempo vem com atenção plena, escuta ativa, carinho, brincadeiras e muito amor”, afirma Regiane.

Orientação aos pais

Para encontrar um equilíbrio saudável, os pais devem, segundo a pedagoga Dayane Uyara, aceitar que errar faz parte do processo e que não existe uma criação perfeita, definir limites claros e permitir que os filhos enfrentem desafios adequados à idade.

A Pesquisa

Pais foram entrevistados pela internet.

Metodologia

Como foi realizada

Elaborada em parceria com o Laboratório de Pesquisa da área de Humanas da UVV e A Tribuna, a pesquisa foi feita entre os dias 31 de março a 3 de abril.

Foram 294 pais entrevistados pela internet, sendo que 54,1% têm entre dois e três filhos; 38,4% têm apenas um filho; enquanto 7,5% têm mais de três. A maioria dos filhos dos entrevistados tem entre 10 e 15 anos (38,9%) e 5 e 10 anos (27%).

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