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Cidades

Mãe reencontra no Estado filha raptada quando era bebê

Após 43 anos, Maria das Dores Estevão, 65, conseguiu abraçar Sandra Maria dos Santos, 44, em São Mateus, Norte do Estado


Imagem ilustrativa da imagem Mãe reencontra no Estado filha raptada quando era bebê
Sandra e Maria em reencontro: “momento mais feliz da vida”, diz Maria |  Foto: Acervo Pessoal

Parece história de novela: uma menina foi sequestrada quando tinha 1 ano e, com isso, mãe e filha ficaram separadas durante 43 anos.

O reencontro aconteceu após uma amiga da diarista Maria das Dores Estevão, de 65 anos, enviar uma carta para o endereço – encontrado na internet – da filha  Sandra Maria dos Santos, de 44 anos, também diarista, em São Mateus, no Norte do Estado.  

Com 1 ano, Sandra foi sequestrada   por um casal quando a mãe  estava no trabalho, em São Paulo. No roteiro da vida real, mãe e filha se separaram no dia 18 de março de 1980, segundo Maria das Dores. 

Natural de Pernambuco, ela vivia em São Paulo, com um marido que a agredia. Após se separar desse marido, que a ameaçava de morte, ela se demitiu do emprego porque queria voltar para a  terra natal. 

Mas ela ficou triste  ao saber que o dinheiro recebido pela empresa não era  suficiente para voltar para Pernambuco com a sua filha.

Por um acaso da vida, Maria encontrou o casal Gilson dos Santos e Aurora Ribeiro dos Santos. Eles a abordaram enquanto ela estava chorando e a acolheram na casa deles  na favela do Sape, distrito do Rio Pequeno, na  Zona Oeste de São Paulo, e  disseram que a ajudariam a conseguir um emprego.

“Dias após estar na casa deles, eu saí para trabalhar e deixei minha filha com o casal e, quando cheguei, não vi mais a minha filha. Eles a levaram e levaram a certidão de nascimento dela. Acionei a polícia, mas nunca achei Sandra”.

Aos 16 anos, Sandra conheceu um rapaz, com quem se casou e teve um filho. A família foi morar na Bahia e, em seguida, mudou-se para o Espírito Santo. O casal, que já morreu, a criou como filha e contou que ela tinha sido sequestrada.

Já Maria nunca perdeu as esperanças de encontrar a mãe. Ao contar a história para uma amiga, ano passado, ela se dispôs a ajudar. Uma terceira pessoa achou os dados de Sandra na internet, com o  endereço no Espírito Santo.

“Eu escrevi a carta e ela chegou até a Sandra. E na última sexta-feira consegui abraçar minha filha. Nós choramos muito. Foi o momento mais feliz da minha vida!”.

Muito feliz com o reencontro com a filha Sandra Maria dos Santos, de 44, Maria das Dores Estevão, 65, descreveu o encontro.

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A Tribuna – Como foi o sequestro de sua filha?

Maria das Dores Estevão – "Eu deixei  Sandra com uma senhora que cuidava dela. Quando eu saí pra trabalhar e procurei meu dinheiro, estava só a carteira vazia. Quando eu cheguei em casa, de volta do trabalho, não tinha nada em casa nem ninguém. Eles tinham levado o registro de nascimento dela, e o meu primeiro salário que eu tinha trabalhado. Fiquei só com a roupa do corpo".

Em seguida, o que  fez? 

"Fui à delegacia para prestar queixa do sequestro de minha filha. Na época, sempre mudavam de escrivão e de investigador da polícia e eu sempre fazia o mesmo depoimento.  Até que um dia, no mesmo ano do sequestro, fui lá e me disseram que minha filha estava em Diamantino, no Mato Grosso. Viajei para lá, mas não a encontrei e voltei para São Paulo".

O que o delegado descobriu na investigação?

"O delegado da cidade descobriu que o casal que levou Sandra  havia alterado informações no registro de nascimento da minha filha. Por isso, eu e ela vamos fazer o exame de DNA para que a gente possa regularizar os nossos documentos".

Como foi saber que a sua filha recebeu a carta?

"Na carta, deixei meu WhatsApp e, em dezembro, ela me enviou mensagem. Quase tive um infarto de emoção quando ela falou que era a minha filha. Então, decidi ir a São Mateus para ver minha filha junto com meu outro filho. É uma história triste com um final feliz".

Qual foi o sentimento de ver a sua filha?

"Quando ela chegou à rodoviária para nos encontrar, na sexta-feira passada, eu abri os braços e ela também veio correndo de braços abertos. Nós choramos muito. Foi o momento mais feliz da minha vida! Descobri que tenho uma família em São Mateus, que já amo muito. Tenho um genro e também um neto, que já tem 27 anos. Passei o final de semana com eles e voltei para São Paulo. Agora, não pretendo me desgrudar da minha filha".

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