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Cidades

Jovens devem viver “apagão de sexo”, dizem especialistas


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Imagem ilustrativa da imagem Jovens devem viver “apagão de sexo”, dizem especialistas
Lorena Baldotto: falta de sexo deixa as pessoas mais distantes e doentes |  Foto: Leone Iglesias/AT

Homens e mulheres de 18 a 24 anos têm demonstrado menos disposição ao sexo. É o que diz uma pesquisa realizada na Suécia, pelo Instituto Karolinska, que evidenciou que pessoas nessa faixa etária diminuíram a frequência sexual.

A tendência, observada por especialistas como “apagão do sexo”, quer dizer desinteresse sexual. Ele está relacionado à tecnologia e tem sido intensificado pela pandemia, devido ao isolamento social.

Para a médica, sexóloga e colunista de A Tribuna Lorena Baldotto, as facilidades da era digital fazem com que o cérebro se contente e se acomode com novos estímulos e praticidades.

“As pessoas estão acomodadas por natureza. E, como existe uma hiperestimulação visual e sexual, às vezes, elas se satisfazem com o que é mais fácil, como vendo vídeos e se inspirando nas vidas virtuais das outras, ou mesmo com a masturbação por meio desses estímulos”.

Lorena pontuou também que, atualmente, as relações afetivas estão mais frias, devido à presença digital em diversos setores da vida. Isso afeta a forma como os jovens enxergam o sexo.

Para o ginecologista e obstetra Elvídio dos Santos, entre os principais problemas para a sexualidade do ser humano, estão a alteração no ciclo de produção hormonal, a falta de estímulo visual e cognitivo e o desvio de foco. “Tem de ser pensado em sexualidade, sexo e relacionamento”, pontuou.

O médico afirmou que a alimentação com agrotóxicos, metais pesados e hormônios sintéticos e o sono desregulado, intensificado com a pandemia, alteram o ciclo hormonal, o que pode influenciar na diminuição dos hormônios sexuais.

A sexóloga Flaviane Brandemberg frisou sobre a necessidade do diálogo sobre sexo com os jovens, para evitar que desenvolvam medos e inseguranças. “Percebo uma carência de informações básicas. São questões que podem ser dialogadas no seio familiar, mas, muitas vezes, esses pais também não tiveram esse acolhimento”.

O médico e sexólogo Camilo Milanez ressaltou que o jovem, isolado socialmente, fica sem estímulo da libido, isto é, sem desejo sexual. “Mas, mesmo sem a pandemia, aquele que fica preso no apartamento não vai ter interação com os outros”, afirmou. Para ele, a sobrecarga no trabalho ou no estudo também pode prejudicar o sexo.

Relação é importante para saúde e bem-estar

Especialistas ressaltaram que o sexo, se feito com qualidade e prevenção, é importante para a saúde e o bem-estar do ser humano.

“Quando sentimos prazer, nosso corpo produz neurotransmissores, como dopamina e serotonina, e nos sentimos bem”, explicou a médica, sexóloga e colunista de A Tribuna Lorena Baldotto.

Para Lorena, a falta de sexo deixa as pessoas mais distantes, doentes e com menos contato físico.

O ginecologista e obstetra Elvídio dos Santos pontuou que, entre os benefícios do sexo estão a questão reprodutiva e as relações interpessoais. “Uma boa relação sexual traz ótimas endorfinas, neurotransmissores, melhora a vascularização da pele e aumenta a condição cardiorrespiratória”, disse.

O médico e sexólogo Camilo Milanez afirmou que, devido aos benefícios do sexo, é preciso que o jovem tenha acesso a uma educação sexual, tanto homens quanto mulheres. “Se a pessoa for criada em um ambiente conservador, sem dúvida, isso afetará em como ela enxerga o sexo”, disse.


Saiba mais


A pesquisa

  • Um estudo divulgado em 2020 pelo Instituto Karolinska, de Estocolmo, na Suécia, com a participação de 9.500 pessoas, mostrou que, em 2018, homens e mulheres entre 18 e 24 anos diminuíram a frequência sexual.
  • Na pesquisa, o total de homens com idade nessa faixa etária que não fizeram sexo nos últimos 12 meses chegou à surpreendente marca de 30,9%. Em 2002, a abstinência sexual de homens entre 18 e 24 anos era de 18,9%.
  • Entre as mulheres, a inatividade saltou de 15,1%, em 2002, para 19,1%, em 2018.

Fonte: Revista Veja e Departamento de Medicina do Instituto Karolinska (Suécia).

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