Grande Vitória tem 40 acidentes de trânsito por dia
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Mesmo com a redução do número de veículos nas ruas por conta da pandemia, a Grande Vitória continua registrando um grande índice de acidentes de trânsito.
Somente nos três primeiros meses deste ano, 3.624 acidentes aconteceram na região metropolitana, entre colisões, atropelamentos e queda de motociclistas. É uma média de 40 por dia, segundo os dados do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran).

São registros em vias urbanas e nas rodovias federais que cortam a Grande Vitória, como a Rodovia do Contorno (BR-101), onde uma batida entre dois caminhões deixou um motorista preso às ferragens por uma hora e meia na manhã de ontem.
O número de vítimas fatais também segue alto em todo o Estado. Entre janeiro e março deste ano, 165 pessoas perderam a vida no trânsito capixaba – uma média de dois mortos a cada dia, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo (Sesp).
A Grande Vitória lidera o ranking como a região com mais vítimas fatais: 54 ao todo, sendo 18 somente na capital. Vitória também registrou praticamente a metade do total de acidentes: 1.686.
Para o prefeito da capital, Lorenzo Pazolini, a cidade tem tido esse índice alto porque concentra a maior parte dos veículos que circulam na Grande Vitória.
“Isso faz com que a estatística dos acidentes seja grande. Veículos de toda a região metropolitana e do interior passam pela capital diariamente. Mesmo com a pandemia, muitos atendimentos médicos e compras dos mais variados tipos são feitas em Vitória por pessoas que residem nas outras regiões”, observou o prefeito.
Pazolini diz que a prefeitura tem trabalhado para reduzir esse número, com fiscalizações da Guarda Municipal e ações educativas. Uma delas tem início hoje, dentro da campanha Maio Amarelo – mês de conscientização sobre os acidentes.
Hoje, agentes da Guarda vão estar fantasiados de “almas penadas” e com placas com frases como “Era só um gole”.
“O foco está na mudança de atitude, tanto de motoristas, quanto pedestres. É uma forma de provocar a consciência coletiva. Além do controle de velocidade, é preciso criar consciência para não dirigir alcoolizado, nem usar o celular ao volante”, ressaltou o prefeito.
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