Governo do ES estuda implantar teleférico e VLT na Grande Vitória
Essas são algumas das modalidades de transporte de média e alta capacidade que podem ser usadas para melhorar a mobilidade na Região Metropolitana
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O governo do Estado estuda a implementação de um sistema de teleféricos em Vitória e em Vila Velha, além de outras modalidades de transporte de média e alta capacidade, como forma de melhorar a mobilidade urbana na Grande Vitória. Entre as opções em estudo pelo governo estadual há também um sistema de transporte de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e de Transporte Rápido por Ônibus (BRT), além de corredores exclusivos para ônibus.
As informações fazem parte do Estudo Nacional de Mobilidade Urbana (ENMU), elaborado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) em parceria com o Ministério das Cidades. O levantamento foi feito nas 21 maiores regiões metropolitanas brasileiras, incluindo a Grande Vitória.
O material enviado ao BNDES tem como objetivo obter a aprovação do financiamento, por parte da autarquia federal, para a implementação dos projetos.
De acordo com o ENMU, o projeto do teleférico prevê um traçado com estações em Vitória (Ilha das Caieiras, São Cristóvão, Itararé, Complexo da Penha e Reta da Penha/Rádio Espírito Santo) e em Vila Velha (Prainha, Convento da Penha e Morro do Moreno).
São previstas três linhas (vermelha, amarela e verde), com extensão total de 6,7 km. A capacidade estimada é de 4 mil passageiros por hora e por sentido.
Ainda de acordo com o levantamento, o projeto para a implantação do teleférico é conduzido pela Secretaria Estadual de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi) e encontra-se em estágio inicial de desenvolvimento.
A ideia do sistema seria transpor o chamado Maciço Central de Vitória, que é uma Área de Proteção Ambiental (APA) de aproximadamente 10,05 km². "Na área do Maciço Central, estão assentadas comunidades de baixa renda, de extrema vulnerabilidade social e econômica, que precisam ser atendidas por um sistema de transporte público", diz um trecho do estudo.
O sistema funcionaria integrado ao Transcol, permitindo a combinação com ônibus e bicicletas. A Companhia Estadual de Transportes Coletivos de Passageiros do Estado do Espírito Santo (Ceturb-ES) seria a responsável pela gestão do sistema.
Um dos grandes diferenciais do sistema diz respeito aos tempos de viagem. Conforme projeto da Semobi, a velocidade das gôndolas elétricas será de 30 km/h, sem congestionamentos de trânsito, reduzindo o tempo de viagem em relação aos ônibus que atendem as áreas de influência em aproximadamente 30 minutos.
Já o sistema VLT, segundo o estudo do BNDES, poderia operar com composições de até três veículos, cada um medindo aproximadamente 30 metros de comprimento por 2,65 metros de largura. Seriam oferecidos em cada veículo, em média, 80 assentos, com capacidade para transportar entre 250 e 400 passageiros.
O esquema previsto compreende a implantação de uma rede de transporte coletivo, movida a energia elétrica, para atendimento da demanda de passageiros nos principais corredores de transporte de Vitória e municípios vizinhos.
O sistema estrutural proposto é baseado nos subsistemas compostos pelo VLT e por corredores de ônibus, apoiado por um subsistema de linhas municipais e intermunicipais de ônibus que deverão cumprir as funções de alimentação do sistema estrutural e de oferta de microacessibilidade.
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