X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

ASSINE
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
ASSINE
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Cidades

Futuro com mais idosos que jovens vai mudar a medicina e o trabalho

Em 8 anos, o número de pessoas com mais de 60 anos no Estado será maior que o grupo de 0 a 14 anos, segundo pesquisa do IBGE


Ouvir

Escute essa reportagem

Em oito anos, o Espírito Santo terá uma população de idosos maior que a de crianças e adolescentes. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2030 o Estado terá mais pessoas com 60 anos ou mais que jovens de 0 a 14 anos. 

O novo perfil da sociedade vai implicar em mudanças em várias áreas, principalmente na medicina e no mercado de trabalho. É o que revelam especialistas.

O demógrafo do IBGE Márcio Minamiguchi disse que esse crescimento da população idosa e a diminuição de nascimentos é um comportamento percebido desde a década de 1980, se intensificando ainda mais a partir de 2000.  

“Isso aconteceu de forma rápida.  Com isso, surgem demandas específicas para essa população”.

No mercado de trabalho, por exemplo, a mudança será o aumento no número de funcionários com mais de 60 anos trabalhando ativamente ao lado de jovens. 

“Acredito que a maior mudança será para as empresas. Nossa qualidade de vida aumentou circunstancialmente em função da evolução da medicina e, consequentemente, o tempo de produção e contribuição laboral também”, observa a  psicóloga especialista em gestão de carreira Vânia Goulart,  CEO da Selecta.

Tal mudança começa a ser percebida pelas empresas, mas tende a crescer ainda mais, segundo a professora da Unidade de Gestão e Negócios da Faesa Andreza Sampaio de Mello.  “Essa diversidade de idades e perfis dentro do ambiente organizacional é importante”.

Além da experiência profissional e de vida, funcionários com mais de 60 anos costumam ser mais resilientes e dedicados. “Temos um projeto especial para a contratação de pessoas com mais de 40 anos. Percebemos que esse funcionário agrega muito à empresa, que fica cada vez mais plural”, comenta a superintendente de gestão de pessoas da Sollo, Maricelia Dias.

A medicina também sofre impactos com o aumento da população idosa, como ressalta o  geriatra Heitor Spagnol,  do São Bernardo Apart Hospital. “Os perfis das doenças mais prevalentes mudaram, por exemplo. Aumenta o  perfil de pacientes com doenças crônicas que precisam mais do sistema de saúde”.

Nada de aposentadoria

“Gosto de trabalhar”

Imagem ilustrativa da imagem Futuro com mais idosos que jovens vai mudar a medicina e o trabalho
- |  Foto: Leone Iglesias/AT

A monitora de atendimento Maria Elizabete Oliveira Moço, 65 anos, já poderia estar em casa, curtindo a aposentadoria, mas preferiu continuar trabalhando. Depois de trabalhar por 17 anos na mesma empresa, ela foi aproveitada pela sua empregadora atual e não pretende parar tão cedo. 

“Enquanto eu tiver saúde e disposição vou continuar trabalhando. Eu gosto  muito de trabalhar com as pessoas mais jovens. Ensino, mas também aprendo muito com eles. Depois da pandemia, passei a trabalhar em casa, mas sinto saudade do contato com a equipe. Me sinto muito bem, gosto de trabalhar e pretendo continuar por muito anos ainda”, disse.

Qualidade de vida

Atividade física

Imagem ilustrativa da imagem Futuro com mais idosos que jovens vai mudar a medicina e o trabalho
- |  Foto: Roberta Bourguignon

O ex-atleta de futevôlei e professor de Educação Física Alexandre Fuá,  51 anos, sempre preocupado com a saúde, conta que nunca parou de praticar atividade física e  há   30 anos atua em diferentes projetos para a 3ª idade em Guarapari.  

“Temos nossa idade cronológica, que não é possível escapar, e temos a nossa idade biológica, que é como a gente se sente. Envelhecer com mais saúde sempre foi uma preocupação. E a atividade física constante trabalha a qualidade de vida para quando chegar na melhor idade”, diz.

Algumas Mudanças

Medicina

- O foco principal muda para o idoso. As especialidades que cuidam dos idosos vai crescer para dar mais atenção a essa população.

- O modelo de ter um único médico para gerenciar as ações de saúde do paciente deve ganhar ainda mais espaço com o crescimento dessa população.  

- Investimento maior em tratamentos para a  prevenção e controle das doenças crônica como diabetes, hipertensão e outras. 

- A prevenção passa a ser foco da cultura da saúde. Busca em viver mais faz com que as pessoas procurem  profissionais que ajudam a viver mais e com saúde, física e mental.

mais investimentos em pesquisas e produtos  que vão contribuir para uma aparência mais jovem. 

Mercado de trabalho

- As pessoas vão trabalhar por mais tempo até se aposentarem. Além da necessidade, o trabalho traz o sentimento de pertencimento social, faz se sentir útil e mantém ativo. 

- Pessoas de diferentes idades vão trabalhar em conjunto, misturando experiência com ideias modernas.

- As empresas terão de se adaptar ao funcionário mais velho, que já trabalhou para o sustento e agora precisa se sentir produtivo, mas com propósito. 

Cidades

- As cidades devem se tornar “amigas dos idosos” para que haja efetiva presença de pessoas idosas nos ambientes urbanos, usufruindo das áreas públicas e dos deslocamentos que possibilitam encontros sociais. A cidade deve ser acessível e adequada para atender às necessidades básicas nesses trajetos. Ruas mais largas e iluminadas, locais com acessibilidade e pensado para todas as idades serão necessários.   

Moradias 

- As casas tendem a ter um  espaço físico menor  para ajudar a simplificar no dia a dia,  que permita  uma manutenção mais fácil.

- Com famílias menores, uma tendência são os condomínios de idosos. São condomínios onde o idoso tem sua casa individual, mas tem espaços compartilhados para a socialização.  

Tecnologia

- Roupas e acessórios que monitoram a saúde serão cada vez mais difundidos, principalmente aos idosos.

- Dispositivos que ajudam na organização e autonomia do dia a dia também serão comuns. 

Educação

- Com o objetivo de  continuar no mercado de trabalho, os idosos vão aumentar a procura por cursos voltados à tecnologia, principalmente, além de atualizações  de carreira.

- Cursos e jogos vão estimular a capacidade cognitiva dessas pessoas.

Fonte: Especialistas consultados.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: