Fila e encanto em visita a navio no último dia de férias
Atracada no Porto de Vitória, embarcação teve visitação gratuita
Escute essa reportagem

Atracado no Porto de Vitória, centro da capital, o Navio Patrulha Ocêanico (NPaOc) “Apa” (P121) esteve com visitação gratuita ao longo da tarde de domingo (27) e encantou a população, que fez uma grande fila para ter acesso à embarcação.
Acompanhadas da família, várias crianças aproveitaram o último dia de férias para desbravar o navio. Como foi o caso de Lorenzo Rosa Gáudio, de 10 anos. “Achei muito legal o passeio”, ele disse.
A mãe do garoto, Gisele Santos Rosa Gáudio, designer de interiores de 37 anos, o pai José Fernando Gaudio Neto, 38, técnico de manutenção industrial, e seu irmão Vicente, de três meses, participaram do momento de diversão junto ao estudante.
“É uma experiência muito diferente. A embarcação já esteve outras vezes aqui mas não conseguimos comparecer. Então aproveitamos o restinho de férias do Lorenzo e o trouxemos, é algo para marcar a infância”, comentou Gisele.

De acordo com a Marinha do Brasil, o "Apa" foi projetado e construído para atender as necessidades de fiscalização de extensas áreas marítimas.
Devido a sua grande autonomia e capacidade de operar com aeronave embarcada (helicóptero) e também por ter duas lanchas rápidas, o navio contribui na proteção e na fiscalização das Águas Jurisdicionais Brasileiras (AJB), conhecida também por Amazônia Azul.
Esse espaço marítimo é de grande importância econômica e estratégica, onde circulam 95% do comércio exterior do Brasil e também é onde estão localizados 88% da produção brasileira de petróleo, além da existência de riqueza pesqueira, de recursos biotecnológicos e da realização de pesquisas científicas, entre outras atividades.
O Capitão de Fragata Guilherme dos Santos Ribeiro, que comanda o Apa (P121), disse que ele é aberto à visitação para aproximar as pessoas e mostrar o trabalho realizado.
“O trabalho da Marinha é muito feito onde os olhos não veem, além do mar. Atuamos para manter a segurança do mar, contra embarcações pesqueiras que pescam de forma ilegal no nosso território, contra embarcações que exploram o nosso petróleo indevidamente, pesquisas não autorizadas...”
“Então vocês não veem o que a gente faz no 'além-terra'. A gente quer estar aqui perto da sociedade para mostrar o que fazemos”, completou.
Antes de atracar em Vitória, o Apa cumpriu uma missão relacionada com estudos. "Uma das funções do NPaOc é apoiar as pesquisas científicas em Trindade, que fica a 1.200 km de Vitória", comentou Guilherme para uma reportagem de A Tribuna.
A embarcação realizou apoio logístico no Posto Oceanográfico da Ilha da Trindade (POIT), onde foram levados 22 pesquisadores, sendo quatro da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Foram cinco dias no local para a coleta de material.
Além dessa missão, o Apa já participou de diversas outras, como transporte de cilindro de oxigênio para Manaus durante a pandemia de covid-19, apoio às enchentes no Rio Grande do Sul, em 2024, missão de paz da Força-Tarefa Marítima da Força Interina das Nações Unidas do Líbano (FTMUNIFIL) e comissões na costa oeste africana.
Passeio em grupo Maria Isabel levou para o porto as filhas Maria Luiza e Maria Eduarda, enquanto sua amiga Kele, os filhos Davi e Maria Clara e o sobrinho Bernardo.
“Deixamos aquela preguiça de domingo de lado e trouxemos as crianças. É uma maneira de sair da rotina e das telas. É algo diferente e elas estão animadas”, afirmou a professora Maria Isabel.

Expectativa
Tiana Conceição Rodrigues, doméstica de 45 anos, não via a hora de trazer seu filho Tiago Conceição de Almeida, 6, para fazer uma visita à embarcação. “Eu já vim um monte de vezes e adoro! Ele estava animado e está encantado”.

MATÉRIAS RELACIONADAS:




Comentários