Dicas para não cair em ciladas com falsas ofertas
De acordo com a ClearSale – empresa especializada em soluções antifraude –, práticas como tentativas de golpe, fraudes e vendas ilegais devem crescer 52% na Black Friday deste ano.
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A possibilidade de comprar diversos produtos com preço vantajoso faz a Black Friday ser um dos momentos mais esperados do ano pelos consumidores.
Entretanto, especialistas fazem o alerta: o volume de descontos é proporcional à chance de cair em ciladas. Com isso, diante de tanta facilidade e variedade de lojas, é preciso cautela para evitar problemas futuros.

De acordo com a ClearSale – empresa especializada em soluções antifraude –, práticas como tentativas de golpe, fraudes e vendas ilegais devem crescer 52% na Black Friday deste ano.
O diretor presidente do Procon-ES, Rogério Athayde, reconhece que a semana de promoção é uma ótima oportunidade para comprar o que precisa por um preço baixo, mas é preciso atenção.
Uma tática bastante utilizada por algumas lojas é a chamada “promoção pela metade do dobro”. É quando a loja anuncia no dia da Black Friday como preço promocional um valor que já era praticado ou até mesmo maior que o de meses atrás. Outras chegam a aumentar o preço nas vésperas para depois reduzir como promoção.
“Antes do dia marcado para a campanha, é importante acompanhar os preços praticados pelo mercado em diferentes lojas para verificar se de fato houve uma redução vantajosa”, ressaltou.
E se o preço do produto está muito barato, a ordem é desconfiar, segundo a gerente do Procon Vitória, Denize Izaita. “Tenha cuidado com ofertas mirabolantes enviadas por e-mail, por SMS ou anunciadas nas redes sociais, especialmente de lojas que você desconhece”, afirmou.
Ao ir às compras, também é importante verificar se o produto da loja tem o selo da Black Friday, pois nem todos os produtos da loja vão estar na promoção.
Também é importante verificar se o produto que está na promoção não é muito antigo ou vai sair de linha, o que torna difícil a compra de peça de reposição e aumenta o risco de desatualização.
“É uma época em que as empresas aproveitam para ‘desovar’ os produtos para comprar novos”, alertou a advogada especializada em defesa do consumidor, Maria Inês Dolci.
Já o advogado Wanderson Gonçalves Mariano reforça que, no caso das compras online, o consumidor tem o direito de trocar o produto em até uma semana. “É o direito básico do arrependimento. Depois que o produto chega, ele tem até sete dias para se arrepender e trocar. A loja não pode recusar”.
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