Dada como morta, idosa de 78 anos acorda durante organização de velório
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Uma idosa de 78 anos, que teve o óbito confirmado após duas paradas cardíacas, acordou e surpreendeu os familiares enquanto eles organizavam seu velório na cidade de Cidreira, no litoral do Rio Grande do Sul.
O funcionário da funerária, que preparava o corpo da idosa, foi quem deu a notícia à família.
"Nós estávamos em casa organizando o velório quando o funcionário da funerária os liga avisando que ela estava viva", disse a sobrinha-neta da idosa, Bianca Schneider, em entrevista ao g1.
O funcionário da funerária percebeu que a idosa estava viva quando foi retirar o corpo do necrotério. "Quando ele descobriu o corpo para fazer a remoção dela, ela estava viva, com o braço erguido, o olho aberto e pedindo ajuda", contou a sobrinha.
O funcionário pediu ajuda no posto de saúde da cidade.

Para a família, por pouco, Dona Clotilde não foi enterrada viva. Isso porque a escolha do caixão fez com que o processo com a funerária levasse mais tempo que o previsto.
"Se tivesse o caixão do tamanho dela certinho, nós teríamos enterrado ela viva. Graças a Deus, teve esse tempo", completou Bianca.
A idosa foi informada sobre o ocorrido na última sexta-feira (8). De acordo com os familiares, ela demorou a acreditar. "Ela está perplexa", disse a sobrinha-neta.
Dona Clotilde está internada desde o dia 31 de dezembro na Santa Casa de Porto Alegre. Ela está em um quarto, respira normalmente e está evoluindo bem, segundo a familiar.
O outro lado
A Prefeitura da cidade disse que investiga o caso e a responsabilidade dos profissionais de saúde envolvidos.
"Foi registrado um boletim de ocorrência na Delegacia da Polícia Civil de Cidreira e exigido que a empresa contratada afaste a profissional dos serviços prestados em nosso município", informa o comunicado.
"Nunca passamos por uma situação como essa. Nós estamos tomando providências, vamos abrir um processo administrativo e solicitamos o afastamento imediato da médica", disse a coordenadora da Unidade de Saúde, Irene Mendes.
A defesa da médica disse que a profissional utilizou "todos os meios de tratamento e todas as manobras de ressuscitação cardiopulmonar disponíveis no Posto de Saúde 24 horas para tentar reanimar a paciente. "Toda as medidas cabíveis estão sendo tomadas para os devidos esclarecimentos dos fatos e demonstração da boa conduta médica adotada", diz a nota dos advogados.
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