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Cidades

Criança até 12 anos não deve ter celular, diz novo guia

Documento do governo federal também dá dicas para reduzir os riscos associados ao tempo excessivo diante dos aparelhos


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Informação para conscientizar! O governo federal lançou neste mês a publicação “Crianças, Adolescentes e Telas: Guia sobre Uso de Dispositivos Digitais”, que norteia a utilização saudável das telas e promove práticas para reduzir os riscos associados ao tempo excessivo diante dos aparelhos.

O documento também oferece recomendações para pais, responsáveis e educadores, abordando diferentes temas. Uma das orientações, por exemplo, é que crianças com menos de 12 anos não tenham smartphone próprios, sugerindo que, “quanto mais tarde se der a posse ou aquisição de aparelho próprio, melhor”.

Elisa Loss Lima, psicóloga e psicoterapeuta de adolescentes e adultos, informou que isso é benéfico, acrescentando que pessoas dessa idade devem levar uma vida mais ativa no mundo real, o que ajuda em seu desenvolvimento.

“O mundo real oferece de fato interações mais autênticas e mais essenciais para o desenvolvimento de habilidade social, emocional, cognitiva, sem contar que vai melhorar a questão da resolução de conflitos e de tomada de decisões”, afirmou.

Segundo Fernanda Mappa, psiquiatra da infância e adolescência, na primeira infância, o uso excessivo de telas e redes sociais pode causar dificuldades na aquisição de linguagem e comportamentos agressivos relacionados à tentativa de redução de uso ou algum tipo de controle parental.

"Na fase de alfabetização, nota-se dificuldade no processo de leitura e escrita, muitas vezes por aumento da desatenção, dificuldade motora para a escrita e início de sintomas de ansiedade", pontuou a profissional.

Outra recomendação presente no guia é de que o uso de dispositivos eletrônicos, aplicativos e redes sociais durante a adolescência (12 a 17 anos) deve se dar com acompanhamento familiar ou de educadores.

Thais Cruz, neuropsicopedagoga, disse que isso é fundamental para os adolescentes fazerem uso consciente e equilibrado da tecnologia.

“Deixando claro que não é uma vigilância extrema, mas sim uma orientação sobre segurança digital e incentivo às atividades off-line. Os pais devem estabelecer limites saudáveis para o tempo de tela”, completou.

Elisa disse que quando não há uma vigilância adequada e quando o conteúdo não é limitado, crianças e adolescentes podem se deparar com conteúdos impróprios, como aqueles que são violentos, pornográficos e que promovem discurso de ódio, o que é negativo para eles. “Isso pode envolver vários riscos como cyberbullying”, finalizou.

Tempo estipulado

Brincadeiras

Maria Rosângela de Sousa, gerente de contas a receber, contou que evita ao máximo o contato de seu filho, Theo Caliari, de 5 anos, com telas.

“Para não ficar totalmente isento, a gente deixa ele assistir os desenhos que gosta, mas com tempo estipulado. E no final de semana a gente faz uma 'noite do cinema' em família”, disse.

“O tempo que temos em casa, sempre fazemos atividades da escola e no tempo livre, a gente brinca. Ele também tem muitos brinquedos, ama montar quebra-cabeças”, contou Maria.

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Maria Rosângela de Sousa com seu filho Theo Caliari, de 5 anos |  Foto: Leone Iglesias/AT

Opiniões

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|  Foto: Divulgação
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Fique por dentro

Guia de uso digital

  • Norteia o uso saudável das telas e promove práticas que reduzam os riscos associados ao tempo excessivo diante dos dispositivos.
  • Oferece recomendações para pais, responsáveis e educadores, abordando temas como o impacto das telas na saúde mental, segurança online, cyberbullying e a importância do equilíbrio entre atividades digitais e interações no mundo real.
  • A publicação está disponível para download pelo site Gov.br.

Uso excessivo pode causar obesidade

Dados

  • Segundo a pesquisa TIC Kids Online Brasil 2024, 93% da população de 9 a 17 anos é usuária de internet no País, o que representa atualmente cerca de 25 milhões de pessoas.
  • Aproximadamente 23% dos usuários de internet de 9 a 17 anos reportaram ter acessado a rede pela primeira vez até os 6 anos de idade. A proporção era de 11% em 2015.

Recomendações

  • Dente as várias recomendações compartilhadas, algumas delas são:
  • Recomenda-se o não uso de telas para crianças com menos de 2 anos, salvo para contato com familiares por videochamada.
  • Orienta-se que crianças (antes dos 12 anos) não tenham smartphone próprios.
  • O acesso a redes sociais deve observar a classificação indicativa.
  • O uso de dispositivos eletrônicos, aplicativos e redes sociais durante a adolescência (12 a 17 anos) deve se dar com acompanhamento familiar ou de educadores.
  • Deve ser estimulado o uso de dispositivos digitais por crianças ou adolescentes com deficiência, independentemente de faixa etária, para fins de acessibilidade.
  • Moderar o uso de dispositivos digitais por parte dos adultos em momentos de convivência familiar.
  • Evitar a presença ou uso de dispositivos digitais em momentos de refeições, inclusive pelos adultos, e pelo menos 1h antes de dormir.
  • Pactuar previamente os tempos de tela e cumpri-los.

Impactos

  • O Guia apontou que o uso excessivo de telas por crianças e adolescentes pode ser fator de risco para atrasos no desenvolvimento da fala na primeira infância, atrasos no desenvolvimento cognitivo na primeira infância, sedentarismo, obesidade e problemas na visão, tais como miopia e fadiga visual.
Imagem ilustrativa da imagem Criança até 12 anos não deve ter celular, diz novo guia
Adolescente deve usar celular com acompanhamento familiar ou de educadores |  Foto: Freepik
  • Especificamente em relação ao uso de redes sociais, estudos sugerem que seu uso por crianças e adolescentes pode estar relacionado a: sintomas depressivos, no caso de uso problemático; dificuldades para dormir e problemas de sono; transtornos alimentares; FoMO (Fear of Missing Out), que seria o desejo de permanecer continuamente conectado com o que os outros estão fazendo, além de problemas de autoimagem, especialmente entre as meninas.

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