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Cidades

Espírito Santo já tem 500 mil pessoas que não comem carne

Assim como as famosas Xuxa e Anitta, Estado já tem 560 mil pessoas que aderiram à dieta vegana ou vegetariana


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Não só famosos como Xuxa, Anitta e Bruna Marquezine aderiram a dietas sem carne nos últimos anos. O veganismo e o vegetarianismo estão em ascensão, apontam especialistas. Cerca de 560 mil capixabas optam por dietas sem consumo de carne. 

O número é uma aplicação de 14% no total de habitantes do Estado, mesma porcentagem de brasileiros que se declaravam vegetarianos em 2018, segundo o Ibope.  

Vegetarianos são pessoas que não consomem qualquer tipo de carne. Já os veganos são pessoas que, além de excluírem alimentos de origem animal do prato, não consomem quaisquer produtos ou serviços feitos sob crueldade animal, explica a nutricionista Mônica Morgado. 

A especialista observa que há diversos motivos para a adesão a dietas sem carne. 

“Sempre pergunto para os pacientes o que os fizeram optar pelo vegetarianismo. Grande parte relata que é pela conscientização a respeito do impacto positivo que uma alimentação vegetariana desempenha sobre o meio ambiente, a nossa saúde e a respeito da crueldade animal”. 

Engana-se quem pensa que a carne é insubstituível. Com uma dieta equilibrada e rica em grãos, leguminosas, cereais, frutas e verduras é possível obter nutrientes importantes para o funcionamento do corpo, aponta a nutricionista Alessandra Job.

“A carne não é uma necessidade na alimentação. Não é essencial. Produtos de origem animal, como leite e ovos, podem suprir todas as necessidades nutricionais da carne. Cada  caso, contudo, precisa de avaliação única, principalmente quando não se come nada de origem animal”. 

Quando feita de forma equilibrada, a alimentação sem carne pode até mesmo reduzir a incidência de problemas cardiovasculares, conta a nutricionista Juliana Tinelli.

“Com o consumo menor de carnes vermelhas, o corpo armazena  menos toxinas e radicais livres e ainda absorve melhor os nutrientes. Comparadas a pessoas com alto consumo deste tipo de carne, vegetarianos e veganos saudáveis podem ter menos doenças cardiovasculares, por exemplo”.

Leia Mais: Mudanças na rotina alimentar exigem cuidados

Família adotou o vegetarianismo

Imagem ilustrativa da imagem Espírito Santo já tem 500 mil pessoas que não comem carne
Vegetariana há 25 anos, a servidora pública Anellyne Faco, 40, introduziu a alimentação vegetariana às duas filhas, Aline, 7, e Isadora, 2 |  Foto: Douglas Schneider/AT

Vegetariana há 25 anos, a servidora pública Anellyne Faco, 40, introduziu a alimentação vegetariana às duas filhas, Aline, 7, e Isadora, 2, desde quando elas eram menores. Questões éticas em relação à vida animal e à sustentabilidade foram os motivos para a adoção do vegetarianismo.

“Não fazemos consumo de leite e até utilizamos ovos, mas compramos de uma empresa em que as galinhas são criadas soltas, com mais bem-estar animal. Queremos minimizar o impacto na natureza e na vida de outros seres. As meninas já entendem isso”.

Dieta sem carne, leite e ovos pode ser barata

Ao pensar em adotar um plano alimentar sem carne, você já imagina que terá menos dinheiro todos os meses? Pois então é hora de repensar essa ideia. 

Não é necessário consumir alimentos mais caros, como cogumelos shimeji e tofu, todos os dias. A dieta vegana pode ser barata, apontam nutricionistas.

A nutricionista Juliana Tinelli explica que, com as variadas opções de vegetais, é possível planejar uma alimentação saudável, rica em nutrientes e acessível financeiramente. 

“Temos tantas opções de legumes, frutas, verduras, grãos e cereais. O melhor plano alimentar é o que a pessoa consegue realizar, sente prazer e pode pagar. A dieta alimentar deve ser calculada para cada pessoa, levando em conta objetivos, rotina, preferências e até condições financeiras. É possível pagar pouco em uma dieta vegana”.

Já a nutricionista Alessandra Job reitera que a substituição de proteína animal pela vegetal pode, até mesmo, tornar o plano alimentar  mais acessível financeiramente do que uma dieta com consumo de carne. 

“A dieta sem carne e outros alimentos de origem animal pode ser até mais acessível do que a onívora. A proteína animal é mais cara do que grão-de-bico, soja, feijão e outros alimentos com proteína vegetal. Conseguimos fontes de cálcio nas folhas escuras e dos temperos também. Isso não deve ser um empecilho”.

Mudança aos 16 anos | Qualidade de Vida

Imagem ilustrativa da imagem Espírito Santo já tem 500 mil pessoas que não comem carne
O fotógrafo Max Garcia, 32, é ovolactovegetariano desde os 16 anos |  Foto: Kadidja Fernandes/AT

O fotógrafo Max Garcia, 32, é ovolactovegetariano desde os 16 anos. Ele conta que tomou a decisão sem dificuldades e motivado a ter mais qualidade de vida. 

O vegetarianismo não é uma regra, mas é recomendado por sua igreja, o que reforçou a decisão do fotógrafo. 

“Comer carne nunca foi algo muito apreciado por mim, nunca fui fanático. Tomei a decisão e parei de comer carne de um dia para o outro. Evito comer alimentos com glúten e incluo outras fontes de proteínas, como castanhas e grãos. Não basta parar de comer carne”.

Entenda

Veganismo

É um movimento em que os adeptos excluem  todas as formas de exploração e crueldade contra os animais, seja na alimentação, no vestuário e em outras formas de consumo, como cosméticos testados em animais.

Vegetarianismo

É uma escolha por retirar qualquer tipo de carne dos hábitos alimentares. O respeito à vida dos animais é o motivo mais comum para a adoção. Existem diferentes formas de vegetarianismo.

Vegetarianismo estrito

É um regime alimentar em que não se consome qualquer tipo de alimento de origem animal, como carne, ovos e leite, assim como os veganos. A exclusão se restringe  à alimentação, diferentemente do veganismo.

Ovolactovegetarianismo

É um regime alimentar sem o consumo de carne, porém com menos restrições. 

Ovolactovegetarianos optam por continuar comendo ovos, leite e outros produtos laticínios.

Lactovegetarianismo

É um regime alimentar sem o consumo de carne e de ovos, porém sem restrições ao  consumo de leite e outros produtos laticínios. 

Ou seja, assim como as carnes, os ovos estão  fora do regime alimentar.

Ovovegetarianismo

É um regime alimentar sem o consumo de carne, assim como os outros tipos de vegetarianismo, porém com restrições ao  leite e  outros  laticínios. 

Ovos permanecem dentro deste regime alimentar.

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